Marina Colasanti: relembre a obra da escritora que morreu aos 87 anos
A premiada jornalista e escritora Marina Colasanti faleceu na última terça-feira (28) aos 87 anos. A autora ítalo-brasileira tinha a Doença de Parkinson e morreu em sua casa em Ipanema, no Rio de Janeiro, em decorrência de uma pneumonia. Nascida em Asmara, capital de Eritrei (país africano que faz fronteira com o Sudão e a Etiópia), Colasanti migrou para o Brasil ainda criança, por volta dos onze anos de idade, e fixou residência no país onde cresceu em meio a uma família de artistas. Nas terras tupiniquins, tornou-se artista plástica por formação, mas trabalhou como jornalista por 11 anos na redação do Jornal do Brasil e outros 18 na Editora Abril, na chamada Revista Nova, enquanto trilhava uma carreira premiada como tradutora e escritora. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Uma vida dedicada à literatura Livros de Marina Colasanti (Imagem: Divulgação/Global Editora) Ao todo, Marina Colasanti publicou mais de 70 livros, entre contos, prosa, poesia e literatura infantil e infantojuvenil. Alguns de seus manuscritos mais famosos incluem títulos como Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento (2006), Uma Ideia Toda Azul (2009) e Hora de Alimentar Serpentes (2013) – obras que reúnem contos escritos pela autora –, e alguns dos trabalhos que fez para os pequenos e adolescentes, como Uma Estrada Junto ao Rio (2005), Um Amor Sem Palavras (2009) e Um Amigo Para Sempre (2017). Além disso, Colasanti também escreveu Eu Sozinha, obra de 1968 que deu o pontapé em sua carreira ao apresentar uma linguagem muito particular; e publicou a autobiografia Minha Guerra Alheia (2010), livro de memórias que conta a história de sua família ao mesmo tempo em que traz o retrato de uma época e de um conflito que abalou o mundo. Autora teve trajetória premiada Marina Colasanti publicou mais de 70 livros para adultos e crianças (Imagem: Reprodução/Instagram Marina Colasanti) Traduzida para dezenas de idiomas, Marina Colasanti gostava de falar sobre o amor, a solidão e o papel da mulher na sociedade. Nao à toa, a contista era uma confessa defensora do movimenta feminista, chegando a integrar o primeiro Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Embora tenha dedicado boa parte de sua carreira a escrever obras infantis, acreditava que o poder das palavras inspirava a todos, chegando a afirmar que “quando uma obra para crianças ou jovens não consegue tocar adultos, é sinal de que não é boa. Ou de que não é literatura”. Reconhecida mundialmente, foi premiada com o Jabuti seis vezes (1993, 1994, 1997, 2009, 2010, 2011) por seus livros infantis, contos e poesias, além de vencer a categoria do Jabuti de Livro do Ano de Ficção em 2014 graças a Breve História de um Pequeno Amor. Em 2023, aos 85 anos, foi escolhida para receber o prémio Machado de Assis (um dos mais importantes concedidos pela Academia Brasileira de Letras) pelo conjunto de sua obra. Casada com o também escritor Affonso Romano de Sant’Anna há mais de 50 anos, Marina Colasanti deixa duas filhas, Fabiana e Alessandra Colasanti. Leia também: Dia do escritor | Os livros que todo nerd precisa ler Morre Dalton Trevisan, o vampiro de Curitiba O Problema dos 3 Corpos | Qual é a história do livro adaptado pela Netflix? Leia a matéria no Canaltech.
A premiada jornalista e escritora Marina Colasanti faleceu na última terça-feira (28) aos 87 anos. A autora ítalo-brasileira tinha a Doença de Parkinson e morreu em sua casa em Ipanema, no Rio de Janeiro, em decorrência de uma pneumonia.
Nascida em Asmara, capital de Eritrei (país africano que faz fronteira com o Sudão e a Etiópia), Colasanti migrou para o Brasil ainda criança, por volta dos onze anos de idade, e fixou residência no país onde cresceu em meio a uma família de artistas.
Nas terras tupiniquins, tornou-se artista plástica por formação, mas trabalhou como jornalista por 11 anos na redação do Jornal do Brasil e outros 18 na Editora Abril, na chamada Revista Nova, enquanto trilhava uma carreira premiada como tradutora e escritora.
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Uma vida dedicada à literatura
Ao todo, Marina Colasanti publicou mais de 70 livros, entre contos, prosa, poesia e literatura infantil e infantojuvenil.
Alguns de seus manuscritos mais famosos incluem títulos como Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento (2006), Uma Ideia Toda Azul (2009) e Hora de Alimentar Serpentes (2013) – obras que reúnem contos escritos pela autora –, e alguns dos trabalhos que fez para os pequenos e adolescentes, como Uma Estrada Junto ao Rio (2005), Um Amor Sem Palavras (2009) e Um Amigo Para Sempre (2017).
Além disso, Colasanti também escreveu Eu Sozinha, obra de 1968 que deu o pontapé em sua carreira ao apresentar uma linguagem muito particular; e publicou a autobiografia Minha Guerra Alheia (2010), livro de memórias que conta a história de sua família ao mesmo tempo em que traz o retrato de uma época e de um conflito que abalou o mundo.
Autora teve trajetória premiada
Traduzida para dezenas de idiomas, Marina Colasanti gostava de falar sobre o amor, a solidão e o papel da mulher na sociedade. Nao à toa, a contista era uma confessa defensora do movimenta feminista, chegando a integrar o primeiro Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.
Embora tenha dedicado boa parte de sua carreira a escrever obras infantis, acreditava que o poder das palavras inspirava a todos, chegando a afirmar que “quando uma obra para crianças ou jovens não consegue tocar adultos, é sinal de que não é boa. Ou de que não é literatura”.
Reconhecida mundialmente, foi premiada com o Jabuti seis vezes (1993, 1994, 1997, 2009, 2010, 2011) por seus livros infantis, contos e poesias, além de vencer a categoria do Jabuti de Livro do Ano de Ficção em 2014 graças a Breve História de um Pequeno Amor.
Em 2023, aos 85 anos, foi escolhida para receber o prémio Machado de Assis (um dos mais importantes concedidos pela Academia Brasileira de Letras) pelo conjunto de sua obra.
Casada com o também escritor Affonso Romano de Sant’Anna há mais de 50 anos, Marina Colasanti deixa duas filhas, Fabiana e Alessandra Colasanti.
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- Morre Dalton Trevisan, o vampiro de Curitiba
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