Zuckerberg prevê “ano realmente grande” para IA
O CEO da Meta Platforms Inc., Mark Zuckerberg, demonstrou confiança na estratégia de inteligência artificial da empresa, afirmando que 2025 será um “ano realmente grande”, no qual seu assistente de IA se tornará o mais utilizado da indústria. “Na IA, espero que este seja o ano em que um assistente altamente inteligente e personalizado alcance mais de 1 bilhão de pessoas”, disse Zuckerberg nesta quarta-feira, 30, em uma ligação com investidores após a divulgação do... O post Zuckerberg prevê “ano realmente grande” para IA apareceu primeiro em Meio e Mensagem - Marketing, Mídia e Comunicação.
O CEO da Meta Platforms Inc., Mark Zuckerberg, demonstrou confiança na estratégia de inteligência artificial da empresa, afirmando que 2025 será um “ano realmente grande”, no qual seu assistente de IA se tornará o mais utilizado da indústria.
“Na IA, espero que este seja o ano em que um assistente altamente inteligente e personalizado alcance mais de 1 bilhão de pessoas”, disse Zuckerberg nesta quarta-feira, 30, em uma ligação com investidores após a divulgação do balanço do quarto trimestre da empresa. “E espero que o Meta AI seja esse assistente líder”, colocou.
Zuckerberg afirmou aos investidores que a Meta eventualmente gastará centenas de bilhões de dólares em infraestrutura de IA, imitando e aprimorando as melhores tecnologias dos concorrentes para garantir sua liderança.
As declarações impulsionaram as ações da Meta em até 3,2% após a abertura do mercado em Nova York nesta quinta-feira, 30. Um relatório de vendas abaixo do esperado para o trimestre atual inicialmente pesou sobre os papéis após o anúncio dos resultados na quarta-feira.
IA para impulsionar negócios e publicidade
Zuckerberg vem usando a inteligência artificial para transformar a forma como os negócios da Meta operam, desde a segmentação de anúncios até a ordem do conteúdo exibido nas redes sociais, extraindo mais valor da base de 3,35 bilhões de usuários diários. O objetivo é financiar iniciativas futurísticas deficitárias, como realidade virtual e aumentada, além de uma cara infraestrutura de IA.
Executivos da Meta disseram aos investidores que esse alto investimento já está trazendo retorno, tornando a segmentação de anúncios mais eficiente. A empresa também sugeriu que, no futuro, poderá monetizar seu assistente de IA por meio de assinaturas ou respostas patrocinadas, mas enfatizou que essas opções não chegarão tão cedo.
Resultados financeiros
A Meta projetou uma receita para o primeiro trimestre entre US$ 39,5 bilhões e US$ 41,8 bilhões, abaixo da estimativa média de US$ 41,7 bilhões compilada pela Bloomberg.
A dona do Facebook e Instagram reportou uma receita de US$ 48,4 bilhões no quarto trimestre, superando os US$ 47 bilhões esperados por Wall Street. A publicidade em redes sociais continua sendo a maior fonte de receita da empresa.
As declarações de Zuckerberg vieram após a startup chinesa de IA DeepSeek divulgar um modelo desenvolvido com uma fração do custo e poder computacional das tecnologias atuais — o que fez as ações de gigantes da tecnologia nos EUA e Europa perderem quase US$ 1 trilhão em valor de mercado na segunda-feira.
Zuckerberg elogiou a DeepSeek: “Eles fizeram várias coisas inovadoras. Eles têm avanços que esperamos implementar em nossos sistemas — e isso faz parte da dinâmica desse setor, independentemente de ser um concorrente chinês ou não”, disse.
Assim como a DeepSeek, a tecnologia de IA da Meta, conhecida como Llama, é de código aberto, permitindo que outras empresas a utilizem e expandam. Analistas sugeriram que a Meta pode aprender com sua concorrente chinesa e, possivelmente, reduzir custos de IA.
Zuckerberg afirmou que espera diminuir custos em 2025 e que a empresa se concentrará na criação de um “agente de engenharia de IA capaz de programar e resolver problemas no nível de um engenheiro mediano competente”. Esse assistente poderia revisar código dos funcionários humanos da Meta ou escrever correções técnicas para seus aplicativos.
“Isso será um marco profundo e potencialmente uma das inovações mais importantes da história”, disse.
Ceticismo sobre os gastos da Meta
Alguns analistas questionam os altos investimentos da Meta em IA. Jeremy Goldman, da Emarketer, disse em nota na quarta-feira que o novo modelo da DeepSeek “atrapalhou os planos” e pode fazer os gastos da Meta parecerem “exagerados, e não visionários”.
Os investimentos de capital da Meta em 2024 somaram US$ 39,2 bilhões, superando os US$ 38,2 bilhões previstos pelos analistas. Na semana passada, Zuckerberg afirmou em uma postagem no Facebook que a empresa investiria até US$ 65 bilhões em IA e no negócio principal em 2025, bem acima das estimativas.
A Meta não está investindo apenas em IA, mas também em uma expansão de hardware que exige altos custos iniciais para produtos que podem ou não ter sucesso. O Reality Labs, divisão de dispositivos que já perdeu dezenas de bilhões desde 2019, registrou vendas dentro das expectativas dos analistas.
Segundo a Bloomberg, a unidade trabalha no desenvolvimento de óculos inteligentes da Oakley para atletas e planeja lançar um novo modelo premium com display integrado. Além disso, a big tech está testando novos dispositivos vestíveis, como relógios e fones de ouvido com câmera embutida.
Mudanças políticas
Zuckerberg atribuiu seu otimismo à nova administração de Donald Trump e sua postura favorável ao setor de tecnologia. “Agora temos um governo nos EUA que se orgulha de nossas empresas líderes, prioriza a vitória da tecnologia americana e defenderá nossos valores e interesses no exterior”, afirmou. “Estou otimista com o progresso e a inovação que isso pode desbloquear”, completou.
Desde o início do ano, Zuckerberg implementou mudanças na Meta para melhor alinhá-la ao novo governo. Ele promoveu Joel Kaplan, estrategista republicano de longa data, a chefe de assuntos globais e nomeou Dana White, aliada de Trump e CEO do UFC, para o conselho da empresa.
Além disso, anunciou o fim da checagem de fatos nos EUA, alterou a política de discurso de ódio para permitir mais flexibilidade em linguagem ofensiva contra imigrantes e pessoas transgênero, reduziu iniciativas de diversidade e realocou a equipe de direitos civis para outras áreas da empresa.
Apesar das preocupações de que essas mudanças pudessem afastar anunciantes, a diretora financeira Susan Li assegurou aos investidores que a Meta não “percebeu nenhum impacto significativo no gasto dos anunciantes devido às mudanças nas políticas de conteúdo”.
Enquanto isso, Zuckerberg tem estreitado laços com Trump e seus aliados. No início do ano, visitou Trump em seu clube na Flórida, Mar-a-Lago, e depois participou da posse do presidente, co-organizando um evento de gala em sua homenagem. Ele também apareceu no podcast “The Joe Rogan Experience”, onde criticou o governo Biden e defendeu a necessidade de mais “energia masculina” no mundo corporativo.
Na quarta-feira, a Meta também concordou em pagar US$ 25 milhões a Trump para encerrar um processo no qual o ex-presidente alegava que a suspensão de suas contas após o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro foi uma forma de censura ilegal.
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