“Soa muito melhor cantando do que eu”, brinca o irmão Finneas O’Connell sobre Billie Eilish
Finneas O’Connell aparece desinibido e empolgado do outro lado da tela para falar do seu segundo voo solo For Cryin’ Out Loud (em português, poderia ser traduzido como “Pelo amor de Deus!”), o álbum lançado em outubro de 2024. Com um tom mais sincero, profundo e – como sempre – com uma produção refinada, o […] O post “Soa muito melhor cantando do que eu”, brinca o irmão Finneas O’Connell sobre Billie Eilish apareceu primeiro em Harper's Bazaar » Moda, beleza e estilo de vida em um só site.
Finneas O’Connell aparece desinibido e empolgado do outro lado da tela para falar do seu segundo voo solo For Cryin’ Out Loud (em português, poderia ser traduzido como “Pelo amor de Deus!”), o álbum lançado em outubro de 2024. Com um tom mais sincero, profundo e – como sempre – com uma produção refinada, o cantor e produtor prova que é muito mais do que apenas o irmão mais velho de Billie Eilish. Ele que puxa o papo.“Como você está hoje?”, pergunta, animado. “Estou bem. Fico feliz em falar com você. Finalmente”, respondo.
Digo isso porque a gente ia se falar em algum momento de novembro, mas a agenda foi postergada. “Aliás, que bigode incrível você tem”, elogia. Agradeço e iniciamos o papo em que fala sobre a relação com a irmã, a paixão pelo Brasil e ele revela que chorou ao compor Family Feud (briga de família, em tradução livre). “Chorei, pensando na minha relação com minha irmã. Ela é jovem, mas é mais velha que já foi – tem 22 anos agora”, derrete-se. A entrevista aconteceu em novembro passado, antes de ela completar 23 anos, em dezembro de 2024.
A faixa-título foi a última música que Finneas compôs para o álbum, pois sentia que faltava algo que conectasse as dez faixas. “Quando terminei essa música, percebi que ela seria a faixa-título e que amarraria o álbum como um todo”, explica. Em um tom mais direto e pessoal, o disco se insere no rock alternativo, transitando entre soft, indie e pop-funk.
Quando se trata de composição, ele não se apega às músicas que escreve para outros artistas. “Fico animado se a Billie estiver interessada em cantá-las. Por exemplo, ela soa muito melhor cantando When the Party’s Over do que eu”, admite. Após conquistar prêmios como o Grammy e o Oscar, Finneas mostra que sua vida pessoal e sua família pesam mais do que qualquer estatueta – ele tem um relacionamento com a influenciadora Claudia Sulewski há seis anos. Leia a íntegra!
Harper’s Bazaar: Onde você está agora?
Finneas O’Connell: Estou na minha casa em Los Angeles.
HB: O Brasil tem sido uma parte importante da sua jornada, especialmente com Billie Eilish. Como o país ou a cultura brasileira inspiraram o seu processo criativo? Você já trabalhou com algum artista brasileiro?
FO: Sim, muitos! A Anitta é do Brasil, certo? Tivemos a oportunidade de ir ao aniversário dela em São Paulo durante o Lollapalooza, no ano passado. Foi divertido. Mas, até agora, ainda não trabalhei com nenhum artista brasileiro, embora adoraria. Seria interessante.
HB: Você tem que ouvir o álbum “Caju”, de Liniker, que recebeu o título de Melhor Álbum em uma premiação local (Prêmio Multishow).
FO: Obrigado pela recomendação, vou procurar.
HB: Sente uma conexão especial com o público brasileiro? Você sente certa gratidão?
FO: Claro! Acho que o estereótipo dos fãs brasileiros é que eles são os melhores – os mais apaixonados, entusiasmados e expressivos – e acho que eles merecem esse estereótipo. Eles são incríveis, inteligentes, vocalizam suas opiniões e parecem sempre estar à frente. Por exemplo, a conta “Billie Eilish Brasil” foi uma das primeiras páginas dedicadas à Billie. Temos muita gratidão pelo público brasileiro.
HB: Há tem planos de vir ao Brasil com sua turnê?
FO: Adoraria. Ainda não temos datas confirmadas, mas seria incrível. É complicado por conta dos custos de logística, mas definitivamente gostaria de fazer um show no Brasil.
HB: Seu álbum parece ter um tom mais colaborativo. Como você enxerga a diferença entre criar sozinho e compartilhar o processo com outros músicos?
FO: Ambos podem gerar ótimos resultados. Mas eu gosto de companhia, tanto na vida quanto no trabalho. Prefiro assistir a um filme ou comer uma refeição com alguém, e sinto o mesmo quando estou criando música. Ter pessoas na sala enquanto trabalho é muito divertido.
HB: O álbum inclui momentos ou músicas que só sua família entenderia? Algum segredo curioso que inspirou o processo?
FO: Eu coloquei o álbum no mundo, então espero que as pessoas o entendam. Me importo com o que elas levam consigo. Family Feud é uma música muito pessoal. Algumas letras provavelmente fazem mais sentido para meus pais e minha irmã, mas espero que ela ressoe com todos de alguma forma.
HB: Você conseguiria resumir sobre o que é este álbum?
FO: Acho que ficamos meio obcecados com gêneros como sociedade, provavelmente na época em que os charts começaram a explodir ou algo assim… ou talvez eu esteja fazendo o diagnóstico errado, talvez tenha sido nos anos 1980 ou 1990. Mas eu realmente não me preocupo com isso. Apenas faço a música que quero fazer e, se as pessoas gostarem, ótimo. Se houver uma música que eu não goste, tudo bem também.
HB: Quando está em estúdio, há um estalo que te diga: “isso pode funcionar para o Grammy ou para o Oscar”?
Quer dizer, há um certo fator de sorte nisso tudo. Mas também, as músicas são especiais. Às vezes, quando você ouve uma música pela primeira vez e ela realmente te marca, você pensa: ‘Uau, me conecto muito com essa música’. Então, você toca para um amigo e aquilo também ressoa nele. Acho que certas músicas têm essa qualidade contagiante. Quando The Marías lançaram uma música [em 2024], chamada No One Noticed, eu simplesmente amei essa música. Ouvi tantas vezes e mandei para a Billie dizendo: ‘Acho que você vai gostar dessa música’. No dia seguinte, ela me mandou uma mensagem dizendo: ‘Ouvi essa música tipo 15 vezes’. Acho que algumas músicas têm esse efeito sobre você.
HB: Há alguma história interessante sobre a criação do álbum ou de uma música em particular?
FO: Sim. For Crying Out Loud foi a última música que fiz para o álbum. Já havia várias músicas que eu gostava, mas faltava algo que conectasse tudo. Quando terminei essa música, percebi que ela seria a faixa-título e que amarraria o álbum como um todo.
HB: Qual foi o momento mais emocional durante a criação do álbum?
FO: Chorei ao compor Family Feud, pensando na minha relação com minha irmã. Ela é jovem, mas é a mais velha que já foi – tem 22 anos agora [a entrevista aconteceu antes de ela completar 23 anos, em dezembro de 2024].
HB: Você já escreveu uma música para outro artista e pensou que gostaria de tê-la gravado para si mesmo?
FO: Não, na verdade, o oposto acontece. Escrevo músicas e fico animado se a Billie estiver interessada em cantá-las. Por exemplo, ela soa muito melhor cantando “When the Party’s Over” do que eu e Justin Bieber, com “Lonely”. Sou muito sortudo por ter artistas incríveis interpretando minhas músicas.
HB: Gostaria de acrescentar algo?
FO: Não, acho que cobrimos tudo. Obrigado pelo seu tempo.
HB: Eu que agradeço. Espero vê-lo no Brasil em breve!
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