Por que exercícios aeróbicos podem ser melhores do que qualquer medicamento para Alzheimer

Pesquisadores da Universidade de Bristol e da Universidade Federal de São Paulo descobriram que exercícios aeróbicos regulares podem ser uma forma eficaz de proteção contra o Alzheimer. O estudo revela que a atividade física impacta múltiplas vias biológicas envolvidas na progressão da doença, tornando-se uma alternativa promissora para a prevenção da neurodegeneração. Como o exercício […]

Jan 31, 2025 - 15:27
 0
Por que exercícios aeróbicos podem ser melhores do que qualquer medicamento para Alzheimer

Estudo mostra que a prática de exercícios aeróbicos pode proteger contra o Alzheimer. (Foto usada apenas para fins ilustrativos. Posada por profissional)

Pesquisadores da Universidade de Bristol e da Universidade Federal de São Paulo descobriram que exercícios aeróbicos regulares podem ser uma forma eficaz de proteção contra o Alzheimer. O estudo revela que a atividade física impacta múltiplas vias biológicas envolvidas na progressão da doença, tornando-se uma alternativa promissora para a prevenção da neurodegeneração.

Como o exercício pode proteger o cérebro?

O Alzheimer é caracterizado pelo acúmulo de proteínas nocivas no cérebro, como os emaranhados tau e as placas amiloides. A pesquisa, publicada na revista Brain Research, demonstrou que a prática de exercícios aeróbicos não apenas reduz esses acúmulos, mas também melhora a saúde das células cerebrais e diminui a inflamação neural.

Os testes foram realizados em ratos idosos submetidos a um programa de exercícios aeróbicos por oito semanas. O estudo focou no hipocampo, uma região importante para a memória e o aprendizado, frequentemente afetada pelo Alzheimer.

Os resultados foram impressionantes:

  • Redução de 63% nos emaranhados tau;
  • Diminuição de 76% nas placas amiloides;
  • Aumento de 2,5 vezes no número de neurônios saudáveis;
  • Redução da inflamação cerebral entre 55% e 68%;
  • Dobro de oligodendrócitos saudáveis, células essenciais para a comunicação entre neurônios.

Benefícios além da prevenção

Além de atuar na prevenção da doença, os pesquisadores sugerem que o exercício pode modificar a progressão do Alzheimer, mesmo após o início dos sintomas. A prática regular ajuda a otimizar a função das células imunológicas do cérebro, como a microglia, responsável pela limpeza de detritos e regulação da inflamação. O exercício reduz a ativação inflamatória dessas células, criando um ambiente mais saudável no cérebro.