Vinda da MotoGP ao Brasil deverá reduzir receio de investidores na motovelocidade
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Em 2026, o Brasil receberá mais um grande evento esportivo. Após mais de 20 anos de ausência, a MotoGP retorna ao país para acelerar em Goiânia, no Autódromo Internacional Ayrton Senna.
O regresso da categoria representa uma grande conquista aos fãs de esporte a motor, assim como uma esperança para categorias e pilotos das duas rodas que buscam mais investimentos e maior participação de grandes empresas na motovelocidade brasileira.
Nos últimos anos, o apoio de patrocinadores em eventos nacionais da modalidade vem crescendo, porém existem muitos obstáculos e preconceitos na hora de assinar acordo com jovens pilotos e em investimentos voltados para estruturas para a prática do motociclismo.
Respirando o esporte a motor diariamente, vejo que no cenário nacional da motovelocidade existem diversos problemas basilares que reduzem o interesse de grandes players no mercado. Dentre as principais dificuldade estão o empecilho financeiro dificultando o processo de profissionalização dos atletas e a falta de profissionais de experiência internacional em cargos de gestão tanto de organizações, como nas confederações, dificultando um intercâmbio com métodos eficazes aplicados no exterior.
Dessa forma, a aproximação da MotoGP do público brasileiro serve para chamar atenção dos investidores sobre o potencial da modalidade, ampliar significativamente o número dos entusiastas das duas rodas e servir de lição, exibindo como um dos maiores entidades da indústria esportiva trata seu produto.
Em busca de entender profundamente as condições atuais, a coluna entrevistou Eric Granado, pentacampeão da SuperBike Brasil e competidor da MotoE, para mais detalhes do momento comercial da modalidade no cenário nacional e sobre os benefícios do retorno da MotoGP ao solo brasileiro.
“Sem dúvida o apoio vem melhorando nos últimos anos. Quando eu comecei o suporte de empresas fora do mundo das motos era muito escasso. Isso precisa ser trabalhado. Bancos, farmacêuticas, grandes companhias de outros segmentos devem auxiliar ainda mais pilotos que estão começando. Afinal de contas, quem não tem patrocínio ou investimento, fica muito difícil depender apenas do orçamento familiar para se tornar competidor de alto nível”, detalhou Granado.
Parceiras das competições e também dos pilotos, Granado evidenciou o papel da Honda, sua patrocinadora, e de outras montadoras que apoiam o motociclismo nacional. Além disso, Eric destacou a falta de estrutura para a prática da modalidade no cenário brasileiro.
“Atualmente, existem mais de uma categoria de base aqui no Brasil. A Honda, que faz um trabalho bem legal com as crianças, a Yamaha também, assim como existem outras empresas que auxiliam essas iniciativas, mas ainda falta bastante apoio. O que nos limita é a falta de autódromos e pistas com capacidade para receber provas de motociclismo com segurança. Hoje em dia, não temos nenhuma pista que cumpra com as exigências da MotoGP, em teoria, teremos apenas um circuito,” completou Granado.
No fim, Granado destacou o potencial o mercado consumidor brasileiro e evidenciou a paixão dos fãs pelo esporte.
“Com a vinda da MotoGP o motociclismo vai ter um espaço ainda maior no país, com muito mais visibilidade. Com o aumento do interesse, espero que gere mais pistas, mais categorias de base e novos pilotos representando o Brasil. No país, tem muita gente que ama as duas rodas. Podemos ver na quantidade de motos que são vendidas, superando diversos países europeus. Então o potencial existe, só basta a gente otimizar e acho que a vinda da MotoGP é o que estávamos precisando para dar essa virada de chave”, finalizou Granado.
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