Robobeat é tudo isso mesmo?

Nos últimos anos, os jogos rítmicos ganharam grande notoriedade. Títulos como Hi-Fi Rush e Metal Hellsinger atraíram muitos jogadores, destacando este gênero tão único. Agora, surge Robobeat, um FPS rítmico com temática futurista que coloca a música no centro da experiência.

Desenvolvido pelo estúdio sueco Inzanity e publicado pela Kwalee, Robobeat chega em 30 de janeiro de 2025 para PS5, Xbox Series, Switch e PC. Mas será que ele realmente se destaca no gênero?

Narrativa e Ambientação

Em Robobeat, você controla Ace, um caçador de recompensas que persegue Frazzer, um excêntrico robô-showman. Sua missão ocorre em um parque tecnológico distorcido, onde você precisará atirar, correr pelas paredes, deslizar e pular, sempre em sincronia com a batida das músicas.

A narrativa de Robobeat se desenrola por meio de gravações perdidas, que aparecem ao longo da jogatina. Essas gravações despertam curiosidade e ajudam a construir o tom misterioso do jogo. A ambientação retrofuturista, cuidadosamente trabalhada, complementa a proposta e enriquece a experiência rítmica.

Ritmo e Rogue-Lite

Robobeat mistura elementos de jogos rítmicos com mecânicas de rogue-lite. O jogador enfrenta quatro fases geradas aleatoriamente, nas quais é preciso eliminar inimigos para avançar. Além disso, cada fase oferece escolhas estratégicas, como portas que revelam recompensas específicas, permitindo desbloquear habilidades ou adquirir cartas com vantagens.

Um dos maiores destaques de Robobeat é o uso da música como parte essencial do gameplay. Diferente de outros jogos do gênero, como Hi-Fi Rush, aqui o jogador pode escolher as músicas, que funcionam como classes ou builds. Por exemplo, músicas com batidas compassadas proporcionam um ritmo mais calmo, enquanto faixas rápidas incentivam um estilo de jogo frenético, ao melhor estilo Doom. Essa dinâmica torna cada partida única e mantém o jogo sempre envolvente.

Escolher ser um rogue-lite torna Robobeat mais acessível. Ao desbloquear uma fase, você pode continuar dela mesmo após morrer. Além disso, habilidades conquistadas em uma tentativa são mantidas na próxima corrida, criando um senso de progresso. Contudo, ao sair do jogo, as habilidades reiniciam, incentivando sessões contínuas de gameplay.

Desafios e Estética Retrofuturista

Apesar de ser desafiador, Robobeat equilibra a dificuldade com recursos que ajudam o jogador. Antes de enfrentar chefes, por exemplo, é possível recuperar vida, enquanto as cartas oferecem melhorias significativas. A estética retrofuturista cria um mundo vibrante, com inimigos pixelados e cenários que parecem saídos de uma simulação. No entanto, a variedade de inimigos poderia ser maior, assim como o número de armas e equipamentos disponíveis.

Embora divertido, o jogo apresenta algumas dificuldades em seu mapeamento de botões, o que pode atrapalhar em certos momentos. Apesar disso, os cenários visualmente atraentes compensam parte dessas limitações. Ainda assim, maior variedade nos mapas seria bem-vinda para aumentar a longevidade do título.

Mas afinal, Robobeat é tudo isso mesmo?

Robobeat é uma grata surpresa no gênero rítmico. Combinar mecânicas de rogue-lite com a essência dos jogos rítmicos foi uma escolha ousada, mas o resultado é um título divertido e cativante. Mesmo quem não é fã do gênero deve experimentar. A mecânica inovadora de usar músicas como classes eleva a experiência e promete influenciar futuros jogos do estilo.

Este não é apenas mais um jogo rítmico tentando encontrar seu lugar. Robobeat expande o conceito e apresenta mecânicas cativantes que poderão servir de exemplo para outros títulos semelhantes.

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