Esse apê é um convite a acordar melhor todos os dias
No apartamento do arquiteto Pedro Crescenti, cada ambiente reflete sua personalidade e todos os cantos guardam detalhes interessantes. Até mesmo os quartos, onde o aconchego impera. Vem conhecer essa história e se inspirar! O post Esse apê é um convite a acordar melhor todos os dias apareceu primeiro em Histórias de Casa.
Um apartamento em um prédio icônico que une doses de nostalgia, muitos garimpos, soluções espertas de arquitetura, quartos bem aconchegantes e gatinhos que são os verdadeiros donos do espaço… o lar onde o arquiteto Pedro Crescenti vive com sua namorada Olivia e seu primo Alexandre tem uma atmosfera toda especial, e não é pra menos: ele fica no Parque das Hortênsias, edifício emblemático projetado por Artacho Jurado na década de 1950.
Para Pedro, viver ali é realmente uma experiência completa, e ele confessa que várias vezes se pega admirando cada detalhe do prédio — do jardim aos revestimentos coloridos. Aliás, a admiração pelo legado de Artacho é tanta que ele simplesmente não podia ignorá-lo quando decidiu comprar e reformar este apê: “Eu sabia que não era um projeto somente para mim, mas sim respeitando o edifício como um todo, então quis trazer o Parque das Hortênsias e a história dele um pouco pra dentro. Foi difícil sair da minha zona de conforto e usar mais cores, texturas e formas do que eu estava acostumado. Arrisquei, brinquei, gostei e acho que deu certo…”, ele conta.
Na reforma, o arquiteto fez questão de abrir o terceiro quarto para aumentar a área social, assim como integrar a cozinha, que, de quebra, ganhou mais iluminação natural. A justificativa é simples: de nada adianta viver acompanhado quando cada cômodo da casa é separado por uma parede. “Sem integração, você sempre vai estar sozinho, mesmo morando com mais pessoas. Vai cozinhar sozinho, vai comer sozinho… a não ser que os moradores fiquem grudados o tempo todo”, resume.
Na decoração, Pedro faz o tipo sentimental e adora ter a casa cheia de lembranças especiais, como fotos de infância e objetos herdados de família. A mesa de centro que hoje está em sua sala fazia as vezes de uma prancha de surf em suas brincadeiras de criança quando visitava a casa de seu tio, por exemplo. Já a cadeira do escritório pertenceu a seu avô e as camas do quarto de hóspedes foram de seu pai. Até mesmo algumas obras de arte são herdadas ou remetem a pessoas importantes, como o pôster de uma peça de dança em que sua mãe se apresentou, e por meio da qual acabou conhecendo o seu pai, que fazia parte da equipe como assistente de produção.
Assumidamente apaixonado por “cacarecos”, Pedro se orgulha da solução que encontrou para dispor suas coleções e ainda garantir uma iluminação mais aconchegante na casa: “Coloquei prateleiras suspensas por toda a extensão das vigas, com fitas de led para cima, criando uma fonte de luz indireta, e aproveitando para apoiar meus objetos”. Outras ideias que deixam o convívio mais agradável na sala são o sofá em forma de ilha e o balcão da cozinha, que se tornou um dos cantos preferidos de todos.
Nos dois quartos, Pedro quis criar uma atmosfera de conforto, acolhimento e sossego, e para isso, ele optou por papéis de parede que quebrassem o aspecto de “caixa branca” dos espaços. As camas também são importantes: em seu quarto, o móvel foi feito à mão por sua amiga marceneira Fernanda Barreto, enquanto as peças do quarto de hóspedes — como já dissemos acima — são heranças de família.
Para completar a experiência e garantir um sono realmente restaurador, os colchões e travesseiros são da Luuna e possuem tecnologia especial para deixar as noites mais frescas, mesmo no verão ou durante ondas de calor:
Pedro diz que, no fim, o apê ficou tão acolhedor que frequentemente seus amigos e familiares acabam se reunindo ali para passarem mais tempo juntos – e todos sempre comentam: “Nossa, sua casa é a sua cara!”.
“Eu sou muito hiperativo, crianção, inquieto, e o apartamento é todo interativo, ele tem jogos, brinquedos, cacarecos e coisas com as quais é possível interagir”, o morador conta.
Com o hábito de acordar cedo, Pedro adora passar seu café e se sentar na cama, observando a luz da manhã entrar pelas janelas, tomar conta do apê e convidar os gatos para se deitarem onde o sol esquenta: “Aqui em casa, onde olho tem coisas que me remetem a momentos de felicidade, lembranças boas, histórias…estou acolhido”.
Texto por Yasmin Toledo | Fotos por Felco
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