Donald Trump: história, carreira e vida política
Em 2025, o republicano Donald Trump, tomou posse como presidente dos Estados Unidos para o segundo mandato. Nascido em 14 de junho de 1946, Donald John Trump é uma das figuras mais polêmicas na história política estadunidense. Mesmo antes de se aventurar no cenário político, Trump já era amplamente conhecido no setor imobiliário e no […]
Em 2025, o republicano Donald Trump, tomou posse como presidente dos Estados Unidos para o segundo mandato.
Nascido em 14 de junho de 1946, Donald John Trump é uma das figuras mais polêmicas na história política estadunidense. Mesmo antes de se aventurar no cenário político, Trump já era amplamente conhecido no setor imobiliário e no entretenimento, com o seu programa The Apprentice.
Contudo, foi em 2016, que Donald Trump desafiou as expectativas e venceu a eleição presidencial dos Estados Unidos da América, prometendo reformas radicais e um estilo de liderança inconvencional que dividiu profundamente a opinião pública estadunidense.
Mas como ele atingiu esse feito? Como foi o seu governo? Vem com a Politize! que te explicamos tudo!
Posse de Donald Trump 2025
No dia 20 de janeiro de 2025, Donald Trump tomou posse pela segunda vez como presidente dos Estados Unidos. A cerimônia ocorreu na parte interna do Capitólio devido ao frio extremo — as temperaturas chegaram a cerca de -10ºC.
Essa data é tradicionalmente chamada de “Inauguration Day” (em português, “Dia da Inauguração”) e celebra as cerimônias de posse dos presidentes e vice-presidentes do país.
O juramento foi administrado pelo presidente da Suprema Corte dos EUA, John Roberts e, logo após, Trump discursou afirmando que “a era de ouro” dos EUA estaria começando e que construirá uma nação “orgulhosa, próspera e livre”.
Outros pontos de seu discurso foram de críticas ao governo de Joe Biden, afirmando que a administração federal não conseguiu lidar com as crises internas, causando uma “crise de confiança”.
Tópicos como liberdade de expressão, tarifas e imigração também entraram em seus discurso e, sobre o último ponto, anunciou que irá decretar emergência nacional na fronteira com o México.
Além disso, também enfatizou que encerrará a política de incluir raça e gênero em aspectos da vida privada americana.
Por fim, em seu discurso de posse, Trump ressaltou que não esquecerá a Constituição do país e que assinará ordens executivas voltadas para a “restauração completa” dos EUA e à “revolução do senso comum”.
Criptomoeda de Trump
No dia 17 de janeiro de 2025, Trump lançou sua própria criptomoeda, a meme coin batizada de $TRUMP, alguns dias antes de sua posse. A iniciativa foi coordenada pela CIC Digital LLC — afiliada da Trump Organization. A criptomoeda exibe a imagem do republicano.
Um meme coin se refere às moedas digitais que tem origem em “memes” ou tendências na internet. Elas são usadas para ganhar popularidade, mas seus investimentos tendem a ser voláteis.
Poucas horas após seu lançamento, a capitalização de mercado do $Trump já havia atingido cerca de US$ 5,5 bilhões (o que equivale a aproximadamente R$ 33,4 bilhões), segundo o site COinMarketCap.com.
Segundo o presidente eleito, a criptomoeda foi lançada para celebrar sua vitória na eleição e sua posse.
Vendo o sucesso do primeiro lançamento, a família Trump lançou a segunda criptomoeda, a $MELANIA, ligada sua esposa, Melania Trump.
Primeiras medidas do 2º mandato
Antes mesmo da posse, Trump já havia anunciado que algumas medidas seriam tomadas em seu segundo mandato.
Uma das promessas é a de construir um Exército forte e que deixe como legado ter sido pacificador e unificador.
Ele também anunciou que pretende mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”. Outro ponto de tensão foi em relação ao Canal de Panamá, pois o republicano demonstrou interesse em retomar seu controle, assim como o desejo de anexar a Groenlândia aos EUA.
Na política de imigração, o novo governo descartou o CBP One (aplicativo usado por imigrantes para agendar pedido de asilo na fronteira), disse que vai declarar situação de emergência na fronteira com o México, acabará com entradas ilegais de imigrantes e começará a deportar aqueles que define como “indivíduos perigosos”.
Outra medida que Trump deseja implementar é pôr fim a cidadania por direito de nascimento, ou seja, filhos de imigrantes ilegais nascidos nos EUA não terão mais reconhecimento automático como cidadãos americanos.
Ainda neste tópico, seu desejo é de reiniciar a construção do muro da fronteira.
Veja mais: Muro EUA – México: entenda a polêmica
Além destas mudanças previstas, o republicano deseja acabar com as políticas verdes, como aquelas que beneficiam veículos elétricos, e pretende fazer uso das reservas de petróleo e gás do país.
Nesse sentido, o presidente iniciou o processo de retirada do país do Acordo de Paris, o compromisso assinado por quase 200 países para a redução da emissão de gases de efeito estufa para conter o aquecimento global.
Além disso, o republicano também anunciou o fim de qualquer envolvimento ou financiamento dos Estados Unidos à Organização Mundial da Saúde (OMS) e disse ainda que seu país estará fora de negociações de um Acordo Pandêmico (um esforço de países para criar regras para que o mundo esteja mais preparado para uma futura pandemia).
Outra medida que estaria com os dias contados é a política de diversidade, equidade e inclusão (DEI).
O republicano também concedeu perdão aos condenados pelo ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, ato que buscava impedir a juramentação do então presidente eleito Joe Biden.
Agora que você já sabe tudo sobre os primeiros atos de Donald Trump após sua posse, conheça a sua história antes mesmo do seu ingresso na vida política!
Antes da presidência: a carreira empresarial de Donald Trump
Donald Trump iniciou carreira empresarial trabalhando na empresa de seu falecido pai, Fred Trump, a Elizabeth Trump & Son, durante suas férias escolares de verão. Ele se envolveu de fato nos negócios da família após se formar na Wharton School da Universidade da Pensilvânia, em 1968, renomeando a empresa para The Trump Organization.
Desde o início, Trump demonstrou habilidades para identificar e desenvolver propriedades de alto valor, o que permitiu a expansão gigante que a então empresa familiar conquistou.
Suas principais aquisições imobiliárias estão localizadas em Manhattan, Nova York, principal distrito da cidade, e incluem desde prédios comerciais e lojas de luxo, até mesmo cassinos e resorts espalhados pelo país. O mais notável deles é a Trump Tower, um arranha-céu de 58 andares, inaugurado em 1983.
Mas não é só de imovéis que um homem vive
Além do seu império imobiliário, Donald Trump diversificou seus negócios, expandindo para várias áreas diferentes. A Trump University, por exemplo, é uma plataforma de educação online, focada em cursos e seminários com temas relativos ao mundo dos negócios, como investimento, empreendedorismo e criação de riqueza.
Contudo, como a universidade não era uma instituição credenciada e, portanto, não oferecia certificação, ela foi alvo de diversos processos judiciais, entre eles a alegação de práticas enganosas, referente a eficácia dos seus cursos e experiência dos instrutores. Dessa forma, a Trump University foi fechada em 2010 e os alunos lesionados, reembolsados.
Além do setor de educação, Trump investiu largamente no setor de entretenimento. O programa The Apprentice, lançado em 2004, trazia-o como apresentador principal, no qual os participantes competem em várias tarefas de negócios, com o objetivo de ganhar uma posição na The Trump Organization.
O programa bateu vários recordes de audiência, tornando-se um sucesso, trazendo fama a Trump e tornando-o conhecido pelo bordão “You are fired!” (“Você está demitido”).
Além disso, o programa rendeu um spin-offs chamado The Celebrity Apprentice, seguindo o mesmo estilo do original, mas dessa vez com celebridades que competiam por prêmios destinados às instituições de caridade.
Ainda no universo da televisão, Donald Trump adquiriu os direitos dos concursos de Miss USA e Miss Universo nos anos 1990. Ele foi co-proprietário desses concursos até 2015, quando vendeu sua participação.
Trump, também, licenciou seu nome, produzindo uma variedade de produtos, incluindo roupas e acessórios, além de bebidas e comidas.
Veja também nosso vídeo sobre o Donald Trump!
A imagem de Donald Trump até aqui
Antes do seu ingresso na vida política estadunidense, Donald Trump já era visto por boa parte da mídia como uma figura polêmica.
A Trump University deixou uma mancha em sua reputação por muitos anos, mas, após o sucesso de The Apprentice, sua imagem pública melhorou, ampliando sua influência social e estabelecendo uma marca pessoal.
Apesar das controvérsias, sua habilidade de se reinventar e se manter relevante na mídia é uma das características definidoras de sua trajetória. Essa imagem ajudou a estabelecer uma base sólida para sua futura carreira política, influenciando como ele foi percebido pelos eleitores e pela mídia.
A vida política de Donald Trump
Em 16 de junho de 2015, Donald Trump, de um evento da Trump Tower, transmitiu para todo o país a sua candidatura à presidência. Até aquele momento, ninguém acreditava que tal feito poderia, de fato, acontecer. Mas aquele foi o primeiro passo de um evento que modificaria não só o futuro de Trump, mas o de todo o mundo.
Desde o início da sua candidatura, Trump assumiu uma postura populista e nacionalista com apoio do partido Republicano, prometendo colocar a “América em primeiro lugar”. Seu discurso era direto, franco e muitas vezes controverso, desafiando as normas políticas tradicionais.
Para saber mais sobre os partidos políticos estadunidense, clique aqui: 4 pontos fundamentais para entender os partidos nos EUA
Trump se posicionava como um outsider político, desafiando e criticando o sistema e outros políticos de carreira. Utilizava as mídias sociais, principalmente o antigo Twitter (X agora), para se comunicar diretamente com seus apoiadores e difamar seus concorrentes.
Suas principais promessas consistiam na construção de um muro na fronteira entre os EUA e o México, reforçando as políticas anti-migratórias, além de promover a renegociação de acordos comerciais e regulamentações governamentais.
A sua vitória sobre Hillary Clinton foi surpreendente, desafiando todas as previsões feitas por especialistas políticos. Sua vitória foi impulsionada por uma forte base de apoio em Estados-chave, como Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, onde ele conseguiu atrair eleitores que se sentiam desconsiderados pelas elites políticas.
Veja também nosso vídeo sobre a história de Donald Trump!
O governo de Trump (2017 – 2021)
Durante seu mandato, Donald Trump implementou várias das suas promessas de sua campanha, incluindo a redução de impostos, a renegociação de acordos comerciais como o NAFTA (substituído pelo USMCA), além de tornar as leis de migração mais rigorosas.
Além disso, a presidência de Donald Trump foi marcada pela pandemia de COVID-19, durante a qual Trump minimizou a gravidade do vírus, promovendo remédios sem eficiência comprovada e ignorando as medidas de segurança recomendadas internacionalmente.
Donald Trump foi o terceiro presidente dos EUA a sofrer um processo de impeachment, sendo acusado de abuso de poder e obstrução do Congresso em 2019, e, novamente, em 2021, após a sua derrota pela reeleição e o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro. Contudo, em ambos os casos, ele foi absolvido pelo Senado.
Quanto à sua atuação internacional, a administração Trump se postou como um ator agressivo e soberano. Sobre esses viés, retirou-se de acordos como o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, o Acordo Nuclear com o Irã e também da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Contra a China, Trump impôs diversas tarifas sobre produtos chineses, resultando em uma guerra comercial com o país, além de pressionar aliados da OTAN para aumentar seus gastos com defesa.
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Suas políticas e estilo de liderança foram altamente polarizados, levando a debates acirrados e uma divisão da população estadunidense.
A campanha de reeleição em 2020 e a invasão ao Capitólio
Com o fim do seu mandato se aproximando, Donald Trump empenhou uma campanha focada em suas realizações durante o primeiro mandato, garantindo uma continuidade de suas políticas.
Contudo, o então presidente perdeu para Joe Biden, o que ocasionou a revolta de Trump, que alegou ter sido roubado nas votações. A sua alegação de fraude eleitoral não possuía evidências reais, sendo ignorada pelos instrumentos judiciários.
Após o comício de Trump realizado em Washington, D.C., no qual, o então ex-presidente, declarou que continuaria a “lutar” e “não se renderia”. Essa situação levou a uma revolta dos seus seguidores, que interpretam o discurso como um chamado para agir contra o processo eleitoral.
Esses seguidores conseguiram invadir o prédio do Capitólio, rompendo as barreiras de segurança, interrompendo a sessão conjunta do Congresso que estava certificando os votos eleitorais. O ataque teve consequências sérias, ocasionando a morte de cinco pessoas, além de dezenas de feridos, de ambos lados, além de danos significativos ao edifício.
A invasão do Capitólio é considerada um dos eventos mais sérios na história recente dos EUA, refletindo a tensão política e a instabilidade que marcaram o final da presidência de Trump e a transição para o governo de Joe Biden.
A eleição de 2024 e o atentado
Em 2024, ano de eleição nos Estados Unidos da América, Donald Trump concorreu novamente a presidência pelo partido Republicano, contra Kamala Harris do partido Democrata.
Para saber mais sobre as eleições nos Estados Unidos, clique aqui: Como as eleições nos Estados Unidos diferem das eleições brasileiras
Naquele ano, o candidato à presidência sofreu um atentado a bala durante um comício na cidade de Butler, no Estado da Pensilvânia, no dia 13 de julho. O tiro foi de raspão na orelha, tendo o atirador rapidamente controlado por um agente do serviço secreto presente.
Ele foi retirado do local logo após o incidente e levado para o hospital. Horas depois, o ex-presidente postou em suas redes sociais um pronunciamento, no qual relata o acontecido e assegura sua saúde e integridade física.
O atirador foi identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos.
Até agosto de 2024, Donald Trump e Kamala Harris estão tecnicamente empatados, tendo Trump 49% das intenções de votos, contra os 50% de Harris.
As eleições aconteceram no dia 5 de novembro de 2024 e Donald Trump saiu com a maioria dos delegados em seu favor, sendo 312 para ele e 226 para Kamala Harris.
E aí, você conhecia a história de Donald Trump? O que achou da sua trajetória e carreira política? Conte para nós nos comentários!
Publicado oficialmente em 20/08/2024, atualizado em 21/01/2025.
Referênciais:
- BBC News Brasil – Criptomoeda de Trump: por que sucesso bilionário da ‘meme coin’ provoca críticas
- BBC News Brasil – As primeiras medidas de Trump e os planos prioritários anunciados na posse
- BBC News Brasil – Trump ameaça retomar Canal do Panamá e anuncia ‘emergência nacional’ na fronteira
- CNN Brasil – Donald Trump toma posse como presidente dos Estados Unidos
- CCN Brasil – Kamala tem 50% das intenções de voto; Trump, 49%, diz pesquisa CBS News/YouGov.
- G1 – Posse de Trump: quem foi convidado, quem confirmou presença e quem não irá
- G1 – Trump fala sobre atentado e diz que não estaria vivo se não tivesse ‘mexido a cabeça no último instante’
- InfoMoney – Donald Trump lança moeda meme $TRUMP pouco antes da posse e valor dispara
- Politize! – 4 pontos fundamentais para entender os partidos nos EUA
- Politize! – Como as eleições nos Estados Unidos diferem das eleições brasileiras
- Politize! – Impeachment de Trump: como funciona o processo nos Estados Unidos?
- Politize! – Muro EUA – México: entenda a polêmica
- Politize! – OTAN: explicamos a aliança militar em 5 pontos!
- Politize! – Trump, Bolsonaro e Marielle: veja casos de atentados políticos históricos
- The New York Times – Donald Trump
- The White House – Donald Trump