Dólar Chega Ao Menor Valor Desde Novembro e Ibovespa Tem Primeiro Recorde no Ano

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo. Moeda americana é cotada em R$ 5,91, chegando à sua sexta queda consecutiva, enquanto bolsa paulista subiu quase 2% O post Dólar Chega Ao Menor Valor Desde Novembro e Ibovespa Tem Primeiro Recorde no Ano apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Jan 27, 2025 - 23:34
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Dólar Chega Ao Menor Valor Desde Novembro e Ibovespa Tem Primeiro Recorde no Ano

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

 

 

O mercado financeiro brasileiro foi influenciado por uma série de movimentos globais nesta segunda-feira (27), com um contexto de alta volatilidade. O principal gatilho para as negociações foi o impacto gerado pelo lançamento de um assistente de inteligência artificial (IA) pela startup chinesa DeepSeek, que agitou o setor tecnológico em todo o mundo. A empresa apresentou um modelo de baixo custo, que gerou temores sobre os reflexos dessa inovação nas grandes companhias já consolidadas no mercado.

O dólar à vista terminou o pregão com uma leve queda de 0,09%, cotado a US$ 5,91 (R$ 34,91), a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado, quando fechou a US$ 5,80 (R$ 34,27). Esse desempenho foi influenciado pela sexta sessão consecutiva de perdas para a moeda norte-americana em relação ao real, apesar de uma breve tentativa de recuperação pela manhã, após Estados Unidos e Colômbia chegarem a um acordo quanto à deportação de colombianos ilegais do país norte-americano e a imposição de tarifas de importação. Apesar do cenário global desfavorável para os mercados de tecnologia, a bolsa paulista se destacou, com o Ibovespa subindo 1,97%, encerrando o dia a 124.861,5 pontos, a maior marca do ano até o momento.

O índice avançou após um dia de forte volatilidade, tendo alcançado a máxima de 124.801,72 pontos, e a mínima de 122.206,78 pontos. O volume financeiro foi de R$ 23 bilhões, o que demonstra o otimismo em relação a setores específicos da economia brasileira, como o consumo e o setor imobiliário.

O cenário global foi de forte correção, com bolsas norte-americanas sendo pressionadas pelas quedas em papéis ligados à inteligência artificial. O Nasdaq Composite, por exemplo, recuou 3,07%, impactado diretamente pelas incertezas sobre os novos desenvolvimentos tecnológicos. A queda foi alimentada pela aversão ao risco gerada pelas notícias sobre a DeepSeek e também pelas tensões comerciais. O S&P 500, principal índice das ações norte-americanas, perdeu 1,46%. Esse movimento global fez com que os investidores procurassem a segurança dos Treasuries, o que ajudou a reduzir os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA e impulsionou a queda dos juros futuros no Brasil. Esse comportamento também reverberou na bolsa paulista, que, embora tenha sido impulsionada por bons resultados de empresas locais, seguiu a tendência negativa nas bolsas internacionais, principalmente no setor de tecnologia.

Destaques

– MAGAZINE LUIZA ON disparou 10,05%, com ações de empresas de setores sensíveis a juros avançando na esteira do movimento nos DIs. Também em destaque estavam ASSAÍ ON, subindo 7,64%, e VAMOS ON, em alta de 7,24%. O índice do setor de consumo na B3 avançou 3,08%, enquanto o do setor imobiliário ganhou 4,2%.

– MINERVA ON fechou com acréscimo de 9,91%, experimentando um trégua na pressão vendedora, após cinco pregões seguidos de queda, período em perdeu 11,55%. Ainda no setor, JBS ON avançou 4,34%, após anunciar o ingresso no segmento de ovos com um investimento para ter 50% de direito a voto da Mantiqueira Alimentos.

– BANCO DO BRASIL ON saltou 4,09%, tendo ainda no radar dados mostrando que as concessões de crédito com recursos livres subiram 11,1% em dezembro ante novembro, enquanto a inadimplência caiu a 4,1%. BRADESCO PN ganhou 2,48%, ITAÚ UNIBANCO PN avançou 2,4% e SANTANDER BRASIL UNIT valorizou-se 1,05%.

– PETROBRAS PN valorizou-se 1,47%, apesar da fraqueza dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou com decréscimo de 1,81%.

– VALE ON fechou com elevação 1,75%, endossada pelo movimento dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 1,06%, a 810,5 iuanes (US$ 111,54 ou R$ R$ 658,09) a tonelada. A mineradora reporta na terça-feira dados de produção e vendas no final de 2024.

– CARREFOUR BRASIL ON subiu 3,1%, revertendo a queda da abertura, quando chegou a recuar 6,7%. De acordo com reportagem do Valor Econômico, a família Diniz, um dos principais acionistas do varejista francês Carrefour, controlador do Carrefour Brasil, está avaliando vender suas participações no grupo varejista no país e na França.

– WEG ON desabou 7,88%, após seis altas seguidas, período em acumulou uma valorização de quase 8%, contaminada pelo “sell-off” em papéis de tecnologia ou empresas com uma narrativa de exposição em IA. De acordo com o Itaú BBA, a exposição da receita atual da WEG em IA é “virtualmente zero”. Eles veem o tombo dos papéis como uma oportunidade de compra.

– EMBRAER ON recuou 2,97%, também em dia de ajustes, confirmando o terceiro pregão de baixa nos últimos quatro após renovar máximas históricas na semana passada. No noticiário, o BNDES anunciou nesta segunda-feira que aprovou um novo financiamento à Embraer, de R$ 2,1 bilhões, para exportar aviões E-175 para a norte-americana Republic Airways.

– RD SAÚDE ON cedeu 0,38%, tendo no radar definição, pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) na sexta-feira, do fator X que será usado no cálculo do reajuste de preços de medicamentos deste ano. Após a definição do número em 2,459%, analistas do Goldman Sachs estimaram que o reajuste será um pouco mais fraco do que eles esperavam.

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