ChatGPT: linguagem que soa muito artificial ainda é um problema

Muito tem se falado ultimamente sobre a inteligência artificial, principalmente sobre o ChatGPT, que é um aplicativo que usa inteligência artificial para simular conversas com seres humanos.

Os mecanismos que se destinam a aprimorar o fornecimento de respostas às pessoas são parte integrante do processo de evolução natural da tecnologia.

Porém, eles ainda apresentam vários problemas, como o fornecimento de muitas respostas ainda erradas, a dependência de bases de dados que podem estar equivocadas no conteúdo etc.

Um deles, porém, salta aos olhos: a linguagem que ainda soa muito artificial.

Meses atrás, conversei com um amigo advogado, que tinha uma equipe de estagiários contratada para auxiliar na elaboração de petições, recursos etc.

Um desses estagiários tinha problemas de redação: apresentava dificuldades para entender os processos e, por consequência, elaborava peças processuais muito truncadas, difíceis de entender e com erros de português.

A questão foi que, de uma hora para outra, literalmente da noite para o dia, ele começou a apresentar outro nível de trabalho. As suas peças estavam com um português impecável, e a produção de conteúdo parecia ter dado um salto.

Parecia.

Pois ela soava tão artificial que esse advogado desconfiou, que talvez não fosse ele quem estivesse redigindo as peças, mas sim outra pessoa – ou mesmo um software.

Então os dois tiveram uma conversa, e o estagiário confessou que estava usando um aplicativo de inteligência artificial para produzir seu trabalho.

O fato é: tudo o que soa estranho aos “ouvidos” não passa despercebido pela mente humana. Você certamente já deve ter se deparado com um conteúdo “produzido” por alguma pessoa e achado estranho – e não natural – a forma como ele foi escrito.

Pode ser um tweet no X, uma postagem no Facebook ou até mesmo um comentário em um blog: tudo o que soa artificial demais é facilmente captado pela mente humana.

O ChatGPT e outros aplicativos de inteligência artificial podem ser úteis em muitas áreas, mas estão ainda muito longe de produzirem uma linguagem “natural”, própria de um ser humano – e talvez nunca consigam.

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