Anta dada como extinta há 1 século reaparece no Rio de Janeiro

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Jan 27, 2025 - 21:04
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Anta dada como extinta há 1 século reaparece no Rio de Janeiro

Um século após ser considerada extinta, a anta-brasileira (Tapirus Terrestris) reapareceu no estado do Rio de Janeiro, representando um marco para conservação da espécie. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) revelou a informação no início deste mês. Para registrar o retorno da Anta, o Inea usou câmeras fotográficas no Parque Estadual Cunhambebe.

De acordo com o Inea, as câmeras registraram grupos de antas de até três indivíduos, incluindo uma fêmea com um filhote, indicando o estabelecimento de uma população na região.

O instituto captou 108 imagens por meio de dez câmeras no Parque Estadual Cunhambebe, uma das Unidades de Conservação da Natureza do Rio de Janeiro. A iniciativa de instalar câmeras no local começou em 2020, visando proteger o ecossistema e preservar a biodiversidade do parque, que abrange as cidades de Angra dos Reis, Rio Claro, Mangaratiba e Itaguaí.

Um século após dada como extinta, anta volta ao Rio de Janeiro

Anta de volta ao Rio de Janeiro um século após ser extinta no estado. Imagem: Inea/Divulgação

Anta reparece no Rio de Janeiro sem ações de reintrodução de faunas

De acordo com o Inea, esta é a primeira vez em um século que antas aparecem no Rio de Janeiro em “total vida livre”. Desse modo, a anta retornou ao estado sem depender da ação humana ou de projetos de reintrodução de faunas.

Além disso, conforme o Inea, o ressurgimento das antas no Rio de Janeiro se dá pelo trabalho de conservação da Mata Atlântica. O órgão afirma que o trabalho fornece um habitat seguro para as antas e outros animais, como a onça-parda.

Curiosamente, o último registro de anta no Rio de Janeiro ocorreu na região serrana do estado, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, há um século. Agora, o animal reaparece no sul do estado.

A anta ficou extinta no Rio de Janeiro devido à perda de habitat, a caça e a urbanização que ocorreu há um século. A espécie, no entanto, é muito importante para o ecossistema. O maior mamífero terrestre da América do Sul, a anta atua como dispersora e predadora de sementes.

Renato Jordão, presidente do Inea, afirma que os registros da anta, após mais de um século classificada como extinta, é um momento “histórico e significativo”.

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