Altas temperaturas aumentam o risco de derrame; entenda
Calor pode levar a desidratação e aumento da pressão arterial. Idosos são mais suscetíveis devido à diminuição na regulação térmica corporal e condições médicas preexistentes.
Com a chegada do verão e as altas temperaturas registradas durante a recente onda de calor no Brasil, médicos alertam para o aumento do risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O calor extremo pode provocar desidratação e elevar a pressão arterial, fatores que aumentam a probabilidade de um AVC. Um estudo publicado em 2023, na Heat and The Heart, destaca que o calor extremo tem um impacto crescente sobre a saúde cardiovascular, especialmente durante os períodos mais quentes do ano.
Os casos de AVC e as mortes relacionadas aumentaram significativamente no mundo nos últimos anos, com um estudo recente publicado na revista The Lancet Neurology apontando um aumento global de 44% nos casos e de 70% nas mortes. A carga global de AVC associada ao calor extremo do verão também cresceu 72% nas últimas três décadas, refletindo o impacto das altas temperaturas nas ondas de calor registradas globalmente.
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O Dr. Victor Hugo Espíndola, neurocirurgião e especialista em doenças cerebrovasculares, alerta que os idosos são particularmente vulneráveis ao AVC durante esses períodos de calor intenso. “Os idosos têm uma capacidade reduzida de regular a temperatura corporal devido ao envelhecimento, além de muitas vezes possuírem condições pré-existentes, como hipertensão e diabetes, o que aumenta ainda mais o risco de AVC”, explica.
Os sintomas de AVC incluem fraqueza súbita, confusão, dificuldades na fala, perda de equilíbrio e dormência em um lado do corpo.