Zema e Leite criticam vetos de Lula ao PL das dívidas dos estados

Os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se pronunciaram contrariamente aos vetos no projeto de lei que institui o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). O programa substitui o atual Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para facilitar o cumprimento das dívidas de […] The post Zema e Leite criticam vetos de Lula ao PL das dívidas dos estados appeared first on Congresso em Foco.

Jan 15, 2025 - 00:08
Zema e Leite criticam vetos de Lula ao PL das dívidas dos estados
Governadores se opuseram aos vetos do governo ao programa de renegociação das dívidas dos estados. Eduardo Leite planeja resposta no Congresso. Foto: Mauricio Tonetto / Palácio Piratini

Os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se pronunciaram contrariamente aos vetos no projeto de lei que institui o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). O programa substitui o atual Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para facilitar o cumprimento das dívidas de estados junto à união.

Com a chegada do texto ao Planalto, o governo vetou os trechos dos quais não havia acordo com o Ministério da Fazenda. A pasta teme o impacto de alguns pontos sobre o resultado primário, por exemplo a possibilidade de acúmulo dos benefícios do RRF e do Propag.

Eduardo Leite criticou diretamente a decisão. “Os vetos trazem um prejuízo inaceitável para o povo gaúcho, gerando uma perda de cerca de R$ 5 bilhões dos valores que deveriam ficar aqui para investimentos na reconstrução após as enchentes”, declarou em suas redes sociais. Ele destacou a vedação à possibilidade de uso do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) para o pagamento de juros da dívida.

“Com os vetos, para aderir ao Propag o Rio Grande do Sul fica obrigado a repassar valores para um fundo, criado para compensar os Estados em melhor situação fiscal”, afirmou o governador. O FNDR, que receberá recursos de todos os entes federados, foi desenhado como parte da reforma tributária, e busca impulsionar a economia dos estados que mais sofreram as consequências da guerra fiscal.

O governador gaúcho anunciou já estar em contato com as bancadas de seu estado na Câmara e Senado para tratar dos vetos. Zema, por outro lado, não tocou em pontos específicos dos vetos, preferindo criticar diretamente o Governo Federal. “Enquanto os estados lutam para equilibrar as contas, o Planalto mantém 39 ministérios, viagens faraónicas, gastos supérfluos no Alvorada e um cartão corporativo sem transparência. Até quando o contribuinte vai bancar essa desordem”, disse.

O Propag foi uma iniciativa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para renegociar as dívidas dos estados que se encontram em recuperação fiscal, regime que impõe restrições duras à capacidade de investimento de seus governos. São eles Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Goiás.

O RRF determina uma série de medidas de contenção de gastos, enquanto o Propag prevê que o orçamento daquele estado deverá ser empregado em setores que propiciem o aumento da produtividade local, além de conter os juros da dívida dos devedores. Também são instituídas novas formas de pagamento, como a transferência de bens móveis e imóveis, ou mesmo de estatais à União.

 

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