Jornalista Ivan Zimmermann morre aos 64 anos em acidente nos EUA
A família confirmou que o ex-ESPN e BandSports foi vítima de uma colisão frontal na Flórida na última sexta-feira
Acidente envolveu quatro veículos
O jornalista Ivan Zimmermann, que trabalhou na ESPN e BandSports, morreu aos 64 anos em um acidente de trânsito na cidade de Broward, na Flórida. Ele dirigia um Nissan Versa quando foi atingido frontalmente por uma Mercedes-Benz C450 conduzida por Julius Clark, de 43 anos, que invadiu a pista contrária. A colisão envolveu ainda outros três veículos, incluindo um caminhão de cimento.
O acidente ocorreu na última sexta-feira (31/1) e o jornalista morreu no mesmo dia, mas a família só recebeu a notícia na quarta-feira (5/2), após ser contatada pelas autoridades norte-americanas via Instagram.
Carreira na ESPN e Bandsports
Formado em Jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo em 1984, Zimmermann iniciou sua trajetória na ESPN em 1992 como narrador esportivo, com foco em ligas americanas como NFL, NBA, NHL e MLB. No ano seguinte, tornou-se o primeiro brasileiro a narrar um Super Bowl in loco, em uma edição que contou com show de Michael Jackson.
“Lembro que estava meio desanimado. O Brasil estava saindo da ditadura, a democracia ainda estava daquele jeito e resolvi ir para os Estados Unidos ver o que estava acontecendo”, declarou em entrevista ao UOL em 2017.
A experiência nos EUA durou 20 anos, consolidando sua especialização nos esportes norte-americanos. “A ESPN estava procurando brasileiros pra fazer teste de narrador. Fui lá e me encontrei no mundo em abril de 1992, na ESPN Internacional. O embrião do que são os canais de ESPN Brasil começou comigo e com mais outras dez pessoas. Fiquei 12 anos na ESPN nos Estados Unidos fazendo Golf, Futebol Americano, Pesca…”, relembrou.
Retorno ao Brasil e passagem pelo Grupo Bandeirantes
Zimmermann voltou ao Brasil em 2003 e foi contratado pelo BandSports, onde cobriu a Olimpíada de Atenas em 2004. Também narrou a Copa do Mundo de 1994 pela Rádio Jovem Pan e a de 2006 pela DirecTV, além de ter sido uma das vozes da Liga dos Campeões da UEFA.
“Quando terminou o projeto ESPN e tudo seria feito no Brasil, então resolvi voltar. Aí, comecei na Olimpíada de Atenas, em 2004, na BandSports. Não teve um cidadão tanto americano quanto brasileiro que disse que daria certo. Falavam de assalto, buracos na estrada, mas eu estava cansado de passar frio. Voltei e me readaptei como se nunca tivesse saído. Eu amo esse país”, afirmou.
Últimos anos na comunicação
Sem contrato renovado com o BandSports em 2016, seguiu na Rádio Bradesco Esportes FM, do Grupo Bandeirantes, até março de 2017, quando a emissora encerrou suas atividades e dispensou a equipe.