Exposição reúne peças que celebram 40 anos do axé

Estão na exposição o disco de ouro pela venda de 100 mil cópias do trabalho de estreia da Timbalada. E LPs que hoje são raridades de artistas como Luiz Caldas. Exposição em Salvador celebra 40 anos do axé Uma exposição em Salvador celebra os 40 anos junto aos principais ritmos da Bahia: o axé. Antigos equipamentos de gravação fazem parte da homenagem a um dos responsáveis pela explosão da música baiana em todo o Brasil: o produtor cultural Wesley Rangel, dono da gravadora em Salvador que lançou a maioria dos artistas do axé. Também estão na exposição o disco de ouro pela venda de 100 mil cópias do trabalho de estreia da Timbalada. A guitarra de Cláudia Leite no começo da carreira. LPs que hoje são raridades de artistas como Luiz Caldas, o primeiro cantor de axé que estourou nacionalmente, em 1985. "Quando eu subi no trio pela primeira vez que eu vi mais de 10 mil pessoas pulando ali e eu disse 'é aqui que eu quero fazer minha música'. Então o Axé Music é música de multidão de alegria, de frio elétrico", diz Caldas. Não foi só a música do carnaval baiano que mudou radicalmente com a chegada do novo gênero. No começo da década de 1990 a festa ganhou uma outra estética mais adequada ao ritmo eletrizante dos trios e ao calor do verão da Bahia. A antiga mortalha que era até então a vestimenta dos foliões dos blocos de Salvador saiu de cena. Começava ali a era do Abadá. A ideia foi do artista gráfico Pedrinho da Rocha, autor de muitos trabalhos que moldaram a identidade visual do Axé Music. "A gente estava tendo uma fantasia mais leve, mais que acompanhasse a dinâmica do trio elétrico, né? E aí a gente cortou a mortalha e batizou ela de Abadá. Abadá é uma palavra Yorubá, que significa camisa e também como se chama a indumentária da capoeira", diz Pedrinho da Rocha. Quem visita revive momentos que marcaram gerações de baianos e turistas.

Jan 19, 2025 - 03:28
Exposição reúne peças que celebram 40 anos do axé
Estão na exposição o disco de ouro pela venda de 100 mil cópias do trabalho de estreia da Timbalada. E LPs que hoje são raridades de artistas como Luiz Caldas. Exposição em Salvador celebra 40 anos do axé Uma exposição em Salvador celebra os 40 anos junto aos principais ritmos da Bahia: o axé. Antigos equipamentos de gravação fazem parte da homenagem a um dos responsáveis pela explosão da música baiana em todo o Brasil: o produtor cultural Wesley Rangel, dono da gravadora em Salvador que lançou a maioria dos artistas do axé. Também estão na exposição o disco de ouro pela venda de 100 mil cópias do trabalho de estreia da Timbalada. A guitarra de Cláudia Leite no começo da carreira. LPs que hoje são raridades de artistas como Luiz Caldas, o primeiro cantor de axé que estourou nacionalmente, em 1985. "Quando eu subi no trio pela primeira vez que eu vi mais de 10 mil pessoas pulando ali e eu disse 'é aqui que eu quero fazer minha música'. Então o Axé Music é música de multidão de alegria, de frio elétrico", diz Caldas. Não foi só a música do carnaval baiano que mudou radicalmente com a chegada do novo gênero. No começo da década de 1990 a festa ganhou uma outra estética mais adequada ao ritmo eletrizante dos trios e ao calor do verão da Bahia. A antiga mortalha que era até então a vestimenta dos foliões dos blocos de Salvador saiu de cena. Começava ali a era do Abadá. A ideia foi do artista gráfico Pedrinho da Rocha, autor de muitos trabalhos que moldaram a identidade visual do Axé Music. "A gente estava tendo uma fantasia mais leve, mais que acompanhasse a dinâmica do trio elétrico, né? E aí a gente cortou a mortalha e batizou ela de Abadá. Abadá é uma palavra Yorubá, que significa camisa e também como se chama a indumentária da capoeira", diz Pedrinho da Rocha. Quem visita revive momentos que marcaram gerações de baianos e turistas.