DBRS sobe rating de Portugal e elogia redução da dívida pública

A DBRS destaca que "a atual posição orçamental de Portugal é das mais fortes da zona euro". Em comunicado a agência revela que o upgrade reflete a “redução da dívida pública de Portugal, sustentada por um forte desempenho fiscal, que reforçou a sua qualidade de crédito”.

Jan 18, 2025 - 07:44
DBRS sobe rating de Portugal e elogia redução da dívida pública

A agência de rating DBRS Morningstar reviu em alta o rating de Portugal, atribuindo-lhe a notação financeira de “A” elevado e a perspetiva passou para estável, segundo o comunicado da agência.

A Morningstar DBRS aumentou a notação de emitente de longo prazo da República Portuguesa de de “A” para A (high).

Ao mesmo tempo, a DBRS elevou a notação de emissor de curto prazo de R-1 (low) para R-1 (middle)). As tendências em todas as classificações passaram de Positivas para Estáveis.

A atualização reflete a visão da DBRS de que houve uma “notável redução da dívida pública de Portugal, sustentada por um forte desempenho fiscal, fortaleceu a sua qualidade de crédito”.

“A atualização reflete também a redução significativa das vulnerabilidades externas na última década e um sistema bancário mais resiliente”, acrescenta a agência de rating.

Em comunicado a agência revela que o upgrade reflete a “redução da dívida pública de Portugal, sustentada por um forte desempenho fiscal, que reforçou a sua qualidade de crédito”.

A DBRS destaca que “a atual posição orçamental de Portugal é das mais fortes da zona euro” e diz que “Portugal registou um excedente orçamental geral de 1,2% do PIB em 2023 e deverá registar pequenos excedentes em 2024 e 2025. A aprovação do orçamento para 2025 é um bom presságio para a durabilidade do atual governo a curto prazo”.

“A atualização também reflete a redução significativa das vulnerabilidades externas ao longo da última década”, refere o comunicado. “O rácio da dívida pública de Portugal diminuiu drasticamente de 116,1% do PIB em 2019 para 97,9% em 2023, e poderá cair abaixo do limite de 90% do PIB nos próximos dois a três anos”.

Já a perspetiva estável reflete a opinião da agência de que “os riscos para as notações de crédito são equilibrados”, uma opinião sustentada “pelo facto de o país pertencer à área do euro e pela sua adesão ao quadro de governação económica da UE”, aliada ao “forte desempenho orçamental de Portugal desde 2016 e a posição reforçada do sistema bancário português também sustentam a notação de crédito do país”

Para a agência, as “principais vulnerabilidades incluem o elevado nível de dívida pública, a elevada dívida externa e o potencial de crescimento económico relativamente baixo”, sendo que a “gestão destas questões poderá tornar-se mais difícil se as taxas de juro se mantiverem elevadas durante um período prolongado”, alertou.

Esta é a primeira agência de rating a dar a sua avaliação a Portugal, sendo que há seis meses tinha mantido a notação de Portugal em “A” e melhorado a perspetiva para “positiva”.

Faltam ainda conhecer as avaliações do rating português das agências Standard & Poor’s, Fitch e Moody’s.