Reserve a melhor parte do seu dia para as tarefas mais difíceis

A maioria de nós pode ser classificada como trabalhadores do conhecimento. Ou seja, precisamos usar nossa mente na resolução de problemas. É assim com um médico para curar pacientes (ainda que seja necessário combinar habilidade intelectual com habilidade manual, no caso de cirurgiões), com um advogado para cuidar dos direitos de seus clientes, com um engenheiro de software para desenvolver sistemas, ou de um arquiteto para projetar ou construir edificações e casas. Usamos o poder de nossa mente para darmos “vida às coisas”.

Uma vez que precisamos desenvolver aptidões mentais, necessitamos ter concentração e dedicação, de forma que a tarefa proposta seja realizada com o mais alto grau de excelência. E isso, por sua vez, requer gasto de energia. Requer foco. Requer atenção.

A questão é: nossa mente está aprisionada num corpo biológico. Não somos máquinas. Somos seres humanos, cujos comportamentos sofrem a influência externa e interna das mais variadas causas. Se estivermos com o celular com todas as notificações ligadas, seremos interrompidos a cada 11 segundos, a depender de como o celular está configurado. Se estivermos em débito de sono, não conseguiremos produzir direito. Se estivermos doentes, gripados, resfriados, com dor de cabeça etc., o trabalho produzido ficará aquém do ideal. Se estivermos preocupados ou lidando com algum problema emocional, também o trabalho ficará prejudicado. Afinal, somos seres humanos.

A boa notícia é: é possível nos planejarmos a fim de que o nosso trabalho do conhecimento seja realizado da melhor forma possível.

Afora questões ligadas ao sono, alimentação, exercícios físicos – já tantas vezes discutida aqui – existe outro componente que você pode usar para aumentar as chances de produzir um trabalho bem feito. E esse componente está no título do texto de hoje: reserve a melhor parte do seu dia para as tarefas mais difíceis.

Qual é a porção do seu dia onde você rende mais? Todos nós, que temos um mínimo de autoconhecimento, podemos responder a essa pergunta. Temos um período do dia, uma determinada faixa de horário, onde estamos mais despertos, onde nosso grau de foco, de atenção e de concentração atinge seu pico.

Pessoas matutinas, por exemplo, que gostam de acordar cedo, podem (e tendem) a atingir o máximo do despertar, do foco e da concentração no período da manhã. Pessoas noturnas, que gostam ou preferem dormir e acordar mais tarde, podem se sentir rendendo mais à noite, ou até de madrugada.

O mais importante, aqui, é, primeiro, você se auto-conhecer, e, depois, de posse desse autoconhecimento, planejar suas rotinas diárias de modo a potencializar a qualidade de seu trabalho, adequando-o aos horários em que você esteja mais desperto.

Conclusão

Não perca essa oportunidade, e trabalhe a seu próprio favor: reserve a melhor parte de seu dia para as tarefas mais difíceis. Sincronize seu relógio biológico com seu relógio mental, com o objetivo principal de atribuir mais qualidade às suas ações.

Com um pouco de planejamento e de autoconhecimento, é possível produzir grandes resultados a partir do momento em que você estabelece rotinas fixas, que priorizem sua capacidade de produção e de ação, nos momentos do dia em que você tende a render mais.

Boa semana!

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