Otto Alencar diz que não vai apartar briga entre Rui Costa e Haddad
Futuro presidente da CCJ, o senador baiano do PSD disse ter boa relação com os dois ministros do governo Lula, ambos petistas
O senador governista Otto Alencar (PSD-BA) afirmou neste sábado ao colunista Robson Bonin, durante entrevista ao vivo a VEJA que não vai “apartar” a briga entre os ministros da Casa Civil, Rui Costa, seu conterrâneo, e da Fazenda, Fernando Haddad, ambos petistas.
“Eu nunca ouvi dizer que o Rui Costa briga com o Haddad ou brigou com o Haddad. Se tiver briga, eu não vou apartar, porque quando eu era estudante de medicina e jogava capoeira, eu só apanhei em briga de rua quando fui apartar briga, então eu não aparto briga de ninguém. E também não estimulo briga de ninguém, entendeu? Cada um faça lá como quiser”, declarou Alencar, que será o presidente da CCJ do Senado pelos próximos dois anos.
“O Rui Costa, eu tenho uma ótima relação com ele, foi um grande governador da Bahia, marcou sua passagem com grandes realizações, e o Haddad também, eu tenho uma boa relação. Portanto, se eles estão brigando, eu não sei, eu não vou apartar”, complementou o baiano.
O parlamentar também foi questionado sobre a fala de Gilberto Kassab, presidente nacional do seu partido, de que Haddad é “fraco e tem “dificuldade para comandar”. Alencar disse ter conversado com o correligionário nesta sexta, em Brasília, e acreditar que ele “não teve aquela intenção de macular a imagem ou diminuir a participação dele [Haddad]”.
“Na minha opinião, o ministro Haddad teve muitas vitórias no Congresso Nacional. Nós aprovamos, que foi da lavra do ministério dele, a reforma tributária, a complementação, ano passado, da reforma tributária, e os encaminhamentos dos outros projetos, sensíveis até, de cobrança de imposto, sobre fundos exclusivos, offshores, bets, as ‘blusinhas’, a mudança do voto de qualidade do contribuinte para a União na questão do Carf, eu fui relator, conversei muito com o Haddad, aquela medida provisória que cobrava imposto dos incentivos dados pelos governadores nos estados”, comentou.