Novo estudo revela que canabidiol auxilia no tratamento de autismo

Um novo estudo liderado pela neurologista infantojuvenil Jeanne Alves de Souza Mazza, do Hospital Universitário de Brasília (UnB), revelou achados promissores sobre o uso do canabidiol (CBD) no tratamento de crianças e adolescentes com autismo moderado a grave. A pesquisa, que será apresentada no Congresso Brasileiro de Neurologia Infantil, em andamento até este sábado, 9, […]

Fev 1, 2025 - 07:50
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Novo estudo revela que canabidiol auxilia no tratamento de autismo

studo reforça o potencial do canabidiol na medicina moderna, abrindo novas perspectivas para o tratamento do TEA – iSTock/Tanawit Sabprasan

Um novo estudo liderado pela neurologista infantojuvenil Jeanne Alves de Souza Mazza, do Hospital Universitário de Brasília (UnB), revelou achados promissores sobre o uso do canabidiol (CBD) no tratamento de crianças e adolescentes com autismo moderado a grave.

A pesquisa, que será apresentada no Congresso Brasileiro de Neurologia Infantil, em andamento até este sábado, 9, indicou que o CBD pode contribuir significativamente para a redução de sintomas como agressividade, irritabilidade e dificuldades na comunicação.

Publicado na revista Pharmaceuticals, o estudo acompanhou 30 pacientes com idades entre 5 e 18 anos, todos diagnosticados com autismo de nível 2 ou 3 de suporte. Durante sete meses, sendo seis de intervenção, os participantes foram tratados com uma combinação de canabidiol e tetraidrocanabinol (THC), ajustando a dosagem entre dois e três miligramas por quilo de peso corporal.

Jeanne Mazza ressaltou que o tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é desafiador, pois as opções terapêuticas existentes frequentemente apresentam efeitos colaterais sem impacto significativo nos aspectos centrais do transtorno, como a comunicação. A nova abordagem mostrou resultados surpreendentes desde o primeiro mês de terapia.

“Havia um paciente que eu acompanhava há seis anos e que nunca havia estabelecido contato visual. Em um dado momento, ele começou a me olhar nos olhos. Foi algo impressionante”, compartilhou a pesquisadora.