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Método identifica infecção prévia por zika e sorotipos da dengue
Teste desenvolvido por pesquisadores da USP pode ajudar no combate de doenças e em sua prevenção em áreas endêmicas
Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) desenvolveram um teste capaz de diferenciar infecções por zika e os 4 sorotipos do vírus da dengue. O novo método identifica indivíduos e populações sem imunidade contra os tipos de vírus circulantes, possibilitando a implementação de medidas preventivas direcionadas, segundo informou a Agência Fapesp.
Além de sua aplicação em saúde pública, o teste oferece uma solução para avaliar o status imunológico de pessoas saudáveis, mas previamente expostas aos vírus, e daquelas imunizadas com as vacinas em uso no país. Isso inclui a possibilidade de avaliar a imunidade de pessoas em idade fértil e grávidas, os principais grupos de risco para o zika, sem a preocupação de reatividade cruzada com anticorpos gerados após infecção pelos sorotipos do vírus da dengue.
A dengue é a arbovirose de maior prevalência global, causada por um flavivírus com 4 sorotipos distintos. A semelhança entre os antígenos desses vírus e o zika dificulta o diagnóstico sorológico. Para solucionar o problema, os pesquisadores focaram em fragmentos de proteínas dos vírus.
O método foi validado inicialmente em amostras de sangue de camundongos e, posteriormente, em amostras de soro sanguíneo de pessoas em São Paulo durante a epidemia de zika no Brasil, de 2015 a 2017.
“Temos uma ferramenta poderosa para monitorar a imunidade sorológica de qualquer pessoa exposta a esses vírus, particularmente em populações que vivem em áreas endêmicas para dengue e zika ou que tomaram ou pretendem tomar uma das vacinas disponíveis para a prevenção da dengue,” explica Luís Carlos de Souza Ferreira, professor da USP e coordenador da pesquisa, conforme publicou a Agência Fapesp.
