Conheça as “regras desumanas” dentro da “pior prisão do mundo” para onde Trump pode enviar cidadãos dos EUA
Em El Salvador, uma prisão de segurança máxima está ganhando atenção global por suas condições extremas e um controverso acordo… Esse Conheça as “regras desumanas” dentro da “pior prisão do mundo” para onde Trump pode enviar cidadãos dos EUA foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.
Em El Salvador, uma prisão de segurança máxima está ganhando atenção global por suas condições extremas e um controverso acordo com os Estados Unidos. Conhecida como CECOT (Centro de Confinamiento del Terrorismo), a instalação foi inaugurada em 2023 sob o governo do presidente Nayib Bukele, como parte de uma estratégia para combater a violência de gangues que assolou o país por décadas. Localizada em Tecoluca, a prisão é descrita por muitos como “a pior do mundo” e tem capacidade para abrigar até 40 mil detentos, incluindo criminosos considerados os mais perigosos do país.
A estrutura do CECOT impressiona pela rigidez. O complexo é cercado por duas muralhas de concreto, duas cercas elétricas e 19 torres de vigilância, todas equipadas com tecnologia de monitoramento 24 horas por dia. A segurança é tão intensa que até mesmo os guardas usam capuzes para evitar identificação e portam armas enquanto observam os presos de cima. Apesar da aparente eficiência, a ONU já classificou o local como um “poço de concreto e aço”, levantando preocupações sobre condições desumanas.
Recentemente, o governo dos Estados Unidos demonstrou interesse na parceria com El Salvador. Marco Rubio, secretário de Estado norte-americano, anunciou em fevereiro um acordo migratório “sem precedentes”, no qual o país centro-americano aceitaria receber deportados dos EUA, independentemente de sua nacionalidade, além de criminosos perigosos atualmente presos em território americano — mesmo que sejam cidadãos ou residentes legais. Bukele confirmou a proposta, oferecendo-se para “terceirizar parte do sistema prisional” dos EUA em troca de um pagamento. “Podemos enviá-los, e ele [Bukele] os colocará em suas prisões”, explicou Rubio.
Para entender como funciona o CECOT, a repórter da BBC News Mundo, Leire Venta, visitou o local em 2023 e relatou detalhes chocantes. A luz artificial nunca é desligada, criando um ambiente de claridade constante. As celas, sem ventilação adequada, podem atingir 35°C durante o dia, e os presos dormem em beliches de metal de quatro andares, sem colchões ou lençóis. A alimentação é básica: arroz, feijão, ovos cozidos ou macarrão, consumidos com as mãos, já que talheres são proibidos. O diretor da prisão alertou a repórter para não olhar nos olhos dos detentos: “Aqui estão os psicopatas, os terroristas, os assassinos que mantiveram nosso país de luto. Qualquer objeto pode se tornar uma arma letal”.
Apesar das críticas internacionais, o modelo de Bukele tem apoio interno. Desde o início de sua campanha contra as gangues, El Salvador registrou queda drástica nos índices de homicídios, e a população, cansada da violência, aprova medidas duras. Já os Estados Unidos veem no acordo uma forma de lidar com desafios migratórios e superlotação carcerária. Enquanto isso, o CECOT segue como um símbolo de um debate complexo: até onde um governo pode ir para garantir segurança pública, e qual o custo humano de políticas consideradas radicais?
O futuro dessa parceria ainda é incerto, mas uma coisa é clara: a prisão de Tecoluca já entrou para a história como um experimento controverso, misturando diplomacia internacional, justiça penal e questionamentos éticos em escala global.
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