Ciência descobre fator importante para diagnóstico de autismo
A ciência ainda não encontrou uma causa única para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas sabe-se que ele resulta de uma combinação complexa de fatores genéticos e ambientais. Recentemente, um estudo avançou na compreensão dessas causas ao identificar uma possível relação entre ácidos graxos presentes no sangue do cordão umbilical e o risco do […]
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A ciência ainda não encontrou uma causa única para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas sabe-se que ele resulta de uma combinação complexa de fatores genéticos e ambientais. Recentemente, um estudo avançou na compreensão dessas causas ao identificar uma possível relação entre ácidos graxos presentes no sangue do cordão umbilical e o risco do transtorno.
Descoberta científica
Pesquisadores da Universidade de Fukui, no Japão, conduziram um estudo que encontrou uma ligação entre os ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) e sinais de autismo. A pesquisa, publicada no jornal Psychiatry and Clinical Neurosciences, analisou os níveis de um composto específico, o diHETrE, em 200 crianças. Os resultados sugerem que a concentração desse composto no sangue do cordão umbilical pode estar associada à gravidade do TEA.
Impacto dos níveis de diHETrE no desenvolvimento
O estudo revelou que crianças com altos níveis de diHETrE tendiam a ter dificuldades mais significativas na interação social. Por outro lado, aquelas com concentrações menores desse composto apresentavam comportamentos repetitivos e restritivos com maior frequência. Curiosamente, essa relação foi mais pronunciada em meninas do que em meninos, levantando novas questões sobre diferenças de gênero no TEA.
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![Amostras de sangue do cordão umbilical foram analisadas para investigar biomarcadores do TEA.](https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2025/02/istock-168712974.jpg)
Mecanismos biológicos e implicações futuras
Segundo o professor Hideo Matsuzaki, um dos pesquisadores envolvidos, “Os níveis de diHETrE, um diol derivado do ácido araquidônico, no sangue do cordão umbilical no nascimento impactaram significativamente os sintomas subsequentes de TEA em crianças e também foram associados ao funcionamento adaptativo prejudicado”. Ele destacou ainda que a dinâmica desse composto durante a gestação pode influenciar o desenvolvimento infantil após o nascimento.
Avaliação e possíveis intervenções
As amostras de sangue do cordão umbilical foram coletadas logo após o nascimento e preservadas para análises futuras. Aos seis anos de idade, as crianças passaram por uma avaliação dos sintomas de TEA com a participação de suas mães.