Mãe de crianças que morreram após comerem gelatina apresenta melhora
Mulher estava em estado grave na quinta-feira (6/2), quando os filhos foram encontrados mortos; padrasto ainda estaria passando mal e com medo de sair de casa após receber ameaças
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Identificada como Yasmin, a mãe de duas crianças de 5 e 7 anos que morreram na última quinta-feira (6/2) depois de comerem gelatina teve melhora no quadro de saúde, de acordo com boletim desta sexta (7/2). Até ontem, ela, que também ingeriu a sobremesa, estava em estado grave e não conseguia sequer beber água, conforme contou a mãe dela à TV Bahia. A suspeita inicial é de envenenamento.
De acordo com o jornal local, a jovem de 23 anos apresentou “uma leve melhora, mas continua internada”. Na quinta, médicos do Hospital do Subúrbio, onde ela é tratada, cogitaram a possibilidade de transferência de unidade de saúde devido à gravidade da situação. Nesta sexta, devido ao abrandamento do quadro, foi informado que ela não vai precisar ser transferida e que todo o tratamento será realizado onde ela se encontra.
Já o marido dela, Jean, padrasto das crianças, teve piora no estado de saúde, com dores e diarreia, conforme conta a mãe de Yasmin. O homem, que também passou mal, não precisou ser internado na quinta e pediu liberação do hospital para resolver trâmites investigativos.
Yasmin tem dores abdominais, diarreia, enjoo e sofre com a morte dos filhos, um menino e uma menina, que não resistiram a um provável envenenamento. A família passou mal na noite de terça-feira (3/2), após comer uma gelatina preparada em casa durante a tarde.
“Ela disse que comprou e fez (a sobremesa) às 15h para eles merendarem”, contou a avó das crianças à TV Bahia. “Aí depois da gelatina, ela disse que demorou um tempo e umas 19h eles todos começaram a se sentir mal, os quatro.”
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Na madrugada de quinta, ao levantar para fechar a janela do quarto dos irmãos de 5 e 7 anos devido a uma chuva, a mulher percebeu que eles não respiravam.
De acordo com a emissora, a avó tentou fazer a liberação do corpo das crianças no Instituto Médico Legal (IML) nesta sexta, mas não conseguiu por falta de documentação. Ela prestou depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) pela manhã, onde foi buscar os documentos, e pretende obter alta para que Yasmin acompanhe o sepultamento dos filhos.
A avó também contou à TV Bahia que o padrasto das crianças, identificado como Jean, está sendo ameaçado por pessoas que acreditam que ele tenha sido o responsável pelas mortes. Ela disse que Jean é “uma pessoa muito boa”, está com a filha há cerca cinco anos e “tratava as duas crianças como filhos”.
A mãe de Yasmin relatou que o marido da filha está com medo de sair de casa e, por isso, ela pede respeito à população. “Até então a gente não tem certeza do que aconteceu, só o laudo dos exames, do material que foi recolhido, que vai dizer”, afirmou.
Em nota, a Polícia Civil do Estado da Bahia (PCBA) informou que “equipes da 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS) estão em campo levantando informações que possam auxiliar na investigação”; e que “os laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), oitivas e diligências vão auxiliar no esclarecimento do caso”.
Leia a íntegra da nota da PCBA:
“Equipes da 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS) estão em campo levantando informações que possam auxiliar na investigação da morte de dois irmãos, um menino de sete anos e uma menina de cinco anos, cujos corpos foram localizados na manhã desta quinta-feira (6), na residência das crianças no bairro de Valéria, com sinais de envenenamento. A mãe das vítimas, que também passou mal, foi socorrida em estado grave para o Hospital do Subúrbio. Os laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), oitivas e diligências vão auxiliar no esclarecimento do caso.”