Banif reduzido ao Cayman que arrisca liquidação judicial

A comissão liquidatária conseguiu dissolver o Banif Holding Malta e o Banif International Holding, com a estrutura a ficar reduzida ao Cayman. Sem progressos, a solução mais provável será a liquidação judicial com perdas para credores e para a comissão.

Fev 7, 2025 - 19:13
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Banif reduzido ao Cayman que arrisca liquidação judicial

A comissão liquidatária do Banif tem vindo a libertar-se das várias entidades do grupo. Dissolveu o Banif Holding Malta e o Banif International Holding no final do ano passado, ficando apenas com o Banif Cayman que, pela complexidade do processo e falta de progressos, poderá ter de ir para liquidação judicial nos próximos meses.

Têm sido vários os entraves que a comissão liquidatária liderada por José Bracinha Vieira tem enfrentado para concluir o seu trabalho. Obstáculos, nomeadamente em torno do Banif Cayman, que ainda não foram solucionados, como recorda a informação trimestral relativa ao terceiro trimestre de 2024 a que o Jornal Económico teve acesso. “Durante o segundo trimestre de 2024 este assunto não teve desenvolvimento significativo, essencialmente por falta de resposta por parte do Bank of New York Mellon (BNYM)”, indica.

A comissão liquidatária decidiu socorrer-se do BNYM, que foi o trustee de uma emissão de obrigações de retalho da Euro Investment Limited (EIL), um veículo que detinha as ações preferenciais do Banif Cayman usadas como ativo subjacente nesta operação e que foi dissolvido. Isto porque o banco “tem poderes para substituir a EIL como titular das referidas ações preferenciais e disporá de plena legitimidade para negociar com esta liquidação” a distribuição dos ativos do Banif Cayman, considerou a comissão. Esta seria a solução para se chegar a um acordo com os credores que prevê que recebam 10% do valor nominal das ações preferenciais, avaliadas atualmente nos 2,1 milhões de dólares. Também a comissão liquidatária receberia uma parte deste montante.

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