As plataformas chinesas são as únicas que falham as regras da privacidade? Conheça as empresas com as maiores multas por violação de dados

Num mundo cada vez mais digital, a identidade tornou-se um dos ativos mais valiosos, muitas vezes sem que nos demos conta disso. A nossa personalidade, preferências, hobbies e comportamentos são constantemente recolhidos e transformados em perfis digitais, um recurso altamente lucrativo para as empresas.

Cada vez que preenchemos abrimos uma conta em qualquer site ou aceitamos cookies, estamos a fornecer informação que alimenta um gigantesco mercado de publicidade direcionada. No entanto, a comercialização desses dados não é o único risco. O uso indevido dessas informações por criminosos abre portas para fraudes, roubo de identidade e outros crimes cibernéticos.

A segurança digital tem sido um dos principais temas dos últimos meses, em particular devido à polémica do TikTok que foi um dos principais alvos das preocupações relativas a segurança. Agora, a atenção está virada para a recente rival do ChatGPT, a DeepSeek, que tem causado alvoroço no mercado norte-americano.

Apesar das suspeitas sobre a tecnologia chinesa, os registos indicam que a maior parte das multas por violação do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) da União Europeia tem sido aplicada a gigantes da tecnologia de diversas origens.

Vejamos algumas das maiores multas da história a gigantes tecnológicas: 

1. Meta: Em maio de 2023, a Autoridade mayo de 2023, a Autoridade Irlandesa de Proteção de Dados (APD) impôs uma multa recorde de 1,2 mil milhões de euros ao grupo Meta. A rede social Facebook foi acusada de transferir dados pessoais de internautas europeus para os Estados Unidos.

2. Amazon: A multa foi aplicada pela Comissão Nacional de Proteção de Dados do Luxemburgo e ascendeu a 746 milhões de euros. O principal motivo foi a forma como a Amazon recolhia e utilizava os dados pessoais dos seus usuários.

3. Instagram: A multa foi aplicada pela Comissão Irlandesa de Proteção de Dados e ascendeu a 405 milhões de euros, acusando a empresa de ter permitido que utilizadores entre os 13 e os 17 anos operassem contas de negociação na plataforma.

4. Facebook e Instagram: A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (DPC) multou a Meta, proprietária das redes sociais Facebook e Instagram, em 390 milhões de euros por ter violado os regulamentos de proteção de dados pessoais. Através desta violação, oferecia publicidade personalizada aos seus utilizadores.

5. Linkedin: Foi multado em 310 milhões de euros pela Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC) por violar o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia. A multa foi aplicada porque o LinkedIn não obteve consentimento válido dos usuários para processar seus dados pessoais para fins publicitários.

6. Uber: Foi multada em 290 milhões de euros nos Países Baixos por transferir dados pessoais dos seus motoristas para os Estados Unidos, sem a proteção adequada exigida pelo GDPR.

7. Facebook: A multa imposta ao Facebook em 2022 no valor de 265 milhões de euros deveu-se a uma violação dos regulamentos de proteção de dados da União Europeia. A sanção surgiu devido a uma enorme violação de dados que afetou 533 milhões de usuários do Facebook entre maio de 2018 e setembro de 2019.

8. Facebook: A Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC) multou o Facebook em 251 milhões de euros em 2024 devido a uma violação de dados em 2018. Os hackers conseguiram aceder a informações de aproximadamente 29 milhões de contas do Facebook devido a uma vulnerabilidade técnica.

9. WhatsApp: Em 2021, foi multado em 225 milhões de euros pela Comissão Irlandesa de Proteção de Dados devido a violações do GDPR da União Europeia. A multa foi aplicada por não cumprir regras de transparência nas informações que compartilha com o Facebook.