Acidentes aéreos e mortes no Brasil cresceram nos últimos anos; veja números da FAB

Painel sobre acidentes aéreos chegou a registrar queda por 4 anos seguidos, mas passou a mostrar aumento na comparação entre 2023 e 2022 e assim tem se mantido. Queda de avião em SP nesta sexta deixou dois mortos. Os números de acidentes aéreos e de mortes nesses acidentes têm aumentado no Brasil ao longo dos últimos anos. É o que mostram os dados do Painel Sipaer, da Força Aérea Brasileira (FAB). Nesta sexta (7), uma aeronave de pequeno porte, matrícula PS-FEM, caiu em São Paulo e deixou duas pessoas mortas - o piloto e um passageiro, dono do avião. De acordo com o Registro Aéreo Brasileiro (RAB), a aeronave pertencia a uma empresa do Rio Grande do Sul e estava com a situação de navegabilidade "normal". Conforme a FAB, técnicos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) foram chamados ao local para coletar dados acerca do acidente. Ainda segundo a Força Aérea, no "menor prazo possível" será divulgado o relatório final sobre as causas do acidente - não foi informada uma data para essa divulgação. "Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação", informou a FAB sobre o acidente em São Paulo. Avião cai em avenida, atinge ônibus e deixa mortos em SP Números de acidentes De acordo com o painel Ocorrências Aeronáuticas na Aviação Civil Brasileira, da FAB, o número de acidentes aéreos no Brasil registrou queda por quatro anos consecutivos, mas na comparação entre 2023 e 2022 registrou aumento e vem se mantendo assim. Nesse cenário, o ano de 2024 registrou recorde nos números de acidentes e também de mortes. Veja abaixo os números: 2015: 172 acidentes / 79 mortes 2016: 164 acidentes / 104 mortes 2017: 146 acidentes / 54 mortes 2018: 167 acidentes / 81 mortes 2019: 151 acidentes / 66 mortes 2020: 150 acidentes / 55 mortes 2021: 141 acidentes / 60 mortes 2022: 138 acidentes / 49 mortes 2023: 155 acidentes / 77 mortes 2024: 175 acidentes / 152 mortes 2025 (até agora): 22 acidentes / 10 mortes Investigações de acidentes De acordo com a FAB, as investigações sobre acidentes aéreos são divididas em três etapas: coleta de dados; análise de dados; apresentação dos resultados. Conforme a FAB, na fase de coleta de dados, as equipes analisam os destroços, buscam indícios de falhas, levantam hipóteses sobre performance da aeronave nos momentos finais do voo, fotografam detalhes, entrevistam testemunhas e retiram partes da aeronave para análise. Na fase seguinte, a de análise de dados, são levados em conta fatores como os sistemas da aeronave, aspectos psicológicos, operacionais (rota meteorologia, por exemplo) e podem ser chamados profissionais como pilotos, engenheiros e mecânicos para auxiliar. Por fim, é apresentado o relatório final, por meio do qual a FAB divulga o que identificou como fatores relacionados ao acidente e elabora as recomendações de segurança a serem adotadas.

Fev 7, 2025 - 22:42
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Acidentes aéreos e mortes no Brasil cresceram nos últimos anos; veja números da FAB
Painel sobre acidentes aéreos chegou a registrar queda por 4 anos seguidos, mas passou a mostrar aumento na comparação entre 2023 e 2022 e assim tem se mantido. Queda de avião em SP nesta sexta deixou dois mortos. Os números de acidentes aéreos e de mortes nesses acidentes têm aumentado no Brasil ao longo dos últimos anos. É o que mostram os dados do Painel Sipaer, da Força Aérea Brasileira (FAB). Nesta sexta (7), uma aeronave de pequeno porte, matrícula PS-FEM, caiu em São Paulo e deixou duas pessoas mortas - o piloto e um passageiro, dono do avião. De acordo com o Registro Aéreo Brasileiro (RAB), a aeronave pertencia a uma empresa do Rio Grande do Sul e estava com a situação de navegabilidade "normal". Conforme a FAB, técnicos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) foram chamados ao local para coletar dados acerca do acidente. Ainda segundo a Força Aérea, no "menor prazo possível" será divulgado o relatório final sobre as causas do acidente - não foi informada uma data para essa divulgação. "Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação", informou a FAB sobre o acidente em São Paulo. Avião cai em avenida, atinge ônibus e deixa mortos em SP Números de acidentes De acordo com o painel Ocorrências Aeronáuticas na Aviação Civil Brasileira, da FAB, o número de acidentes aéreos no Brasil registrou queda por quatro anos consecutivos, mas na comparação entre 2023 e 2022 registrou aumento e vem se mantendo assim. Nesse cenário, o ano de 2024 registrou recorde nos números de acidentes e também de mortes. Veja abaixo os números: 2015: 172 acidentes / 79 mortes 2016: 164 acidentes / 104 mortes 2017: 146 acidentes / 54 mortes 2018: 167 acidentes / 81 mortes 2019: 151 acidentes / 66 mortes 2020: 150 acidentes / 55 mortes 2021: 141 acidentes / 60 mortes 2022: 138 acidentes / 49 mortes 2023: 155 acidentes / 77 mortes 2024: 175 acidentes / 152 mortes 2025 (até agora): 22 acidentes / 10 mortes Investigações de acidentes De acordo com a FAB, as investigações sobre acidentes aéreos são divididas em três etapas: coleta de dados; análise de dados; apresentação dos resultados. Conforme a FAB, na fase de coleta de dados, as equipes analisam os destroços, buscam indícios de falhas, levantam hipóteses sobre performance da aeronave nos momentos finais do voo, fotografam detalhes, entrevistam testemunhas e retiram partes da aeronave para análise. Na fase seguinte, a de análise de dados, são levados em conta fatores como os sistemas da aeronave, aspectos psicológicos, operacionais (rota meteorologia, por exemplo) e podem ser chamados profissionais como pilotos, engenheiros e mecânicos para auxiliar. Por fim, é apresentado o relatório final, por meio do qual a FAB divulga o que identificou como fatores relacionados ao acidente e elabora as recomendações de segurança a serem adotadas.