Senador protocola pedido de criação de CPI para investigar facções e milícias
Requerimento foi apresentado por Alessandro Vieira. Tema é uma das prioridades para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Para CPI começar a funcionar, pedido precisa ser lido em plenário, e colegiado, instalado. Alessandro Vieira (MDB-SE) é o autor do pedido de criação da CPI para investigar facções e milícias Waldemir Barreto/Agência Senado) O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) protocolou nesta quinta-feira (6) um pedido de CPI para investigar fações e milícias – a CPI do crime organizado. O pedido conta com as assinaturas de 30 senadores e é um tema sobre o qual o Senado quer se debruçar – parte de forma técnica, e outra parte a reboque de narrativa política e polarização. Traduzindo: o assunto mobiliza a casa. Protocolada, a CPI precisa agora de aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Ou seja: ele precisa ler o pedido no plenário. E aí, depois, é necessária a indicação dos membros e a instalação do colegiado, com eleição do presidente e a designação do relator. Alcolumbre tem o tema como prioridade, o que é visto como uma porta aberta para a comissão. Governo apresenta nova PEC da Segurança Pública O parlamentar já afirmou publicamente que segurança pública é uma prioridade e que o combate às facções e ao crime organizado precisa ser fortalecido. O momento do país nos mostra o tamanho do desafio: as pessoas, em especial no Rio, vivem reféns de um sistema ilegal de organizações criminosas, que controlam serviços e determinam quem entra e quem sai das comunidades. O tema está em debates em todas as frentes: na sociedade, no Supremo Tribunal Federal (STF), no Congresso, no Executivo, nas polícias, nas rodas políticas – que já planejam seus recortes da realidade para campanhas eleitorais. No Senado, a Comissão de Segurança Pública se encaminha para ser comandada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que já disse que serão dois anos com mais armas e oposição ao governo Lula. No STF, onde está sendo julgada a ação das favelas, que restringe operações policiais, há divisão dos ministros sobre o tema e eles sabem que o assunto ganhou a arena política. Há narrativas sendo espalhadas de que o STF quer decidir sobre a tragédia produzida pelo crime direto de seus gabinetes , no ar condicionado. A própria ADPF é alvo de críticas. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a restrição para policiais entrarem em favelas transformou o Rio em um "resort do crime". Se instalada, a CPI vai colocar mais lenha na fogueira.
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Requerimento foi apresentado por Alessandro Vieira. Tema é uma das prioridades para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Para CPI começar a funcionar, pedido precisa ser lido em plenário, e colegiado, instalado. Alessandro Vieira (MDB-SE) é o autor do pedido de criação da CPI para investigar facções e milícias Waldemir Barreto/Agência Senado) O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) protocolou nesta quinta-feira (6) um pedido de CPI para investigar fações e milícias – a CPI do crime organizado. O pedido conta com as assinaturas de 30 senadores e é um tema sobre o qual o Senado quer se debruçar – parte de forma técnica, e outra parte a reboque de narrativa política e polarização. Traduzindo: o assunto mobiliza a casa. Protocolada, a CPI precisa agora de aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Ou seja: ele precisa ler o pedido no plenário. E aí, depois, é necessária a indicação dos membros e a instalação do colegiado, com eleição do presidente e a designação do relator. Alcolumbre tem o tema como prioridade, o que é visto como uma porta aberta para a comissão. Governo apresenta nova PEC da Segurança Pública O parlamentar já afirmou publicamente que segurança pública é uma prioridade e que o combate às facções e ao crime organizado precisa ser fortalecido. O momento do país nos mostra o tamanho do desafio: as pessoas, em especial no Rio, vivem reféns de um sistema ilegal de organizações criminosas, que controlam serviços e determinam quem entra e quem sai das comunidades. O tema está em debates em todas as frentes: na sociedade, no Supremo Tribunal Federal (STF), no Congresso, no Executivo, nas polícias, nas rodas políticas – que já planejam seus recortes da realidade para campanhas eleitorais. No Senado, a Comissão de Segurança Pública se encaminha para ser comandada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que já disse que serão dois anos com mais armas e oposição ao governo Lula. No STF, onde está sendo julgada a ação das favelas, que restringe operações policiais, há divisão dos ministros sobre o tema e eles sabem que o assunto ganhou a arena política. Há narrativas sendo espalhadas de que o STF quer decidir sobre a tragédia produzida pelo crime direto de seus gabinetes , no ar condicionado. A própria ADPF é alvo de críticas. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a restrição para policiais entrarem em favelas transformou o Rio em um "resort do crime". Se instalada, a CPI vai colocar mais lenha na fogueira.