RJ tem 3 mortes por dengue e quase 4 mil casos da doença só em 2025

Na Baixada Fluminense, as cidades mais afetadas são Duque de Caxias, Magé, Nilópolis, Belford Roxo e Nova Iguaçu. RJ tem 3 mortes por dengue e quase 4 mil casos da doença só em 2025 O Estado do Rio já tem quase 4 mil casos de dengue e 3 mortes só este ano. Na Baixada Fluminense, as cidades mais afetadas são Duque de Caxias, Magé, Nilópolis, Belford Roxo e Nova Iguaçu. A técnica de enfermagem Lethicia Santanna da Silva está internada com dengue grave, sem previsão de alta. A jovem, que tem 28 anos e é de Belford Roxo, teve os primeiros sintomas na terça da semana passada: febre e manchas no corpo. No sábado (1º), piorou e teve sangramento. “Ela teve febre no início, dor de cabeça, e depois ela não sentiu mais nada, só começou a sangrar pela gengiva, sangrando muito a boca e aparecendo muitas manchas vermelhas no corpo”, explica a mãe da jovem, Marcilene Martins da Silva. Essa é a segunda vez que Lethicia tem dengue. No ano passado, os sintomas foram mais leves, mas dessa vez a jovem precisou ir para o CTI de um hospital particular em Nova Iguaçu. Como ela está com um nível baixo de plaquetas, a família começou uma campanha de doação de sangue e faz um apelo para quem puder ajudar. “Qualquer tipo de sangue, porque o sangue realmente salva vidas. Chegamos aqui, ela já estava com 30 mil, e logo depois, horas depois, foi questão de horas, não passou nem 4 horas, as plaquetas desceram para 12 mil, muito rápido, é muito rápido”, disse a mãe. Lethicia Santanna está internada com dengue Reprodução/TV Globo Dengue grave ou com sinais de alarme são os termos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para se referir ao agravamento da doença. O termo “dengue hemorrágica” não é mais usado porque nem sempre há hemorragia. “Existem os tais sinais de alerta que são sinais que já podem te dar uma dica que você tá tendo uma manifestação de dengue em fase crítica, que é aquela dor abdominal forte e persistente, vômito persistente, pressão baixa, sensação de desmaio ou desmaio”, explica o presidente da Sociedade de Infectologia do RJ, Rodrigo Lins. O infectologista também explica que, ao pegar dengue pela segunda vez, os riscos são maiores. “Depois que ele pega dengue uma vez, ele tende a gerar mais resposta inflamatória na vez seguinte. E isso faz com que a chance de ele evoluir pra fase crítica seja maior, ou seja, quem já teve dengue tem um risco maior de ter uma dengue mais grave”. O infectologista Rodrigo Lins Reprodução/TV Globo Só na Baixada Fluminense, região onde Lethicia mora e está internada, são 265 casos de dengue. As cidades mais críticas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, são: Duque de Caxias (99); Magé (34); Nilópolis (31); Belford Roxo (23); Nova Iguaçu (22); São João de Meriti (21); Mesquita (15). Em todo o estado, são 3.843 casos esse ano — 245 pacientes precisaram de internação. “A gente já observa um aumento de casos já excedendo aquele limite que a gente chama de "limite do esperado", né? E a gente também já observa, por exemplo, o aumento por 3 semanas consecutivas da taxa de positividade. Eu também tenho solicitações de leitos já aumentando gradativamente”, fala a superintendente de Informação Estratégica e Vigilância em Saúde, Luciane Velasque. Três pessoas morreram de dengue desde o início do ano: uma na cidade do Rio e duas em Paraíba do Sul. “Aquelas chuvas todas de março e tudo mais, a gente aumenta a população de mosquito e aumenta muito a transmissão. Então, a gente começa a ter um aumento dos casos de dengue quando o calor começa a vir com muita força, que é agora, e a gente tem a grande onda de dengue, lá pra março, lá pro começo de abril”, explica o infectologista. As doações de sangue em nome da Lethicia Santanna podem ser feitas das 7h30 às 13h na Rua Cirilo, número 183, em Mesquita, na Baixada Fluminense.

Fev 6, 2025 - 17:35
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RJ tem 3 mortes por dengue e quase 4 mil casos da doença só em 2025

Na Baixada Fluminense, as cidades mais afetadas são Duque de Caxias, Magé, Nilópolis, Belford Roxo e Nova Iguaçu. RJ tem 3 mortes por dengue e quase 4 mil casos da doença só em 2025 O Estado do Rio já tem quase 4 mil casos de dengue e 3 mortes só este ano. Na Baixada Fluminense, as cidades mais afetadas são Duque de Caxias, Magé, Nilópolis, Belford Roxo e Nova Iguaçu. A técnica de enfermagem Lethicia Santanna da Silva está internada com dengue grave, sem previsão de alta. A jovem, que tem 28 anos e é de Belford Roxo, teve os primeiros sintomas na terça da semana passada: febre e manchas no corpo. No sábado (1º), piorou e teve sangramento. “Ela teve febre no início, dor de cabeça, e depois ela não sentiu mais nada, só começou a sangrar pela gengiva, sangrando muito a boca e aparecendo muitas manchas vermelhas no corpo”, explica a mãe da jovem, Marcilene Martins da Silva. Essa é a segunda vez que Lethicia tem dengue. No ano passado, os sintomas foram mais leves, mas dessa vez a jovem precisou ir para o CTI de um hospital particular em Nova Iguaçu. Como ela está com um nível baixo de plaquetas, a família começou uma campanha de doação de sangue e faz um apelo para quem puder ajudar. “Qualquer tipo de sangue, porque o sangue realmente salva vidas. Chegamos aqui, ela já estava com 30 mil, e logo depois, horas depois, foi questão de horas, não passou nem 4 horas, as plaquetas desceram para 12 mil, muito rápido, é muito rápido”, disse a mãe. Lethicia Santanna está internada com dengue Reprodução/TV Globo Dengue grave ou com sinais de alarme são os termos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para se referir ao agravamento da doença. O termo “dengue hemorrágica” não é mais usado porque nem sempre há hemorragia. “Existem os tais sinais de alerta que são sinais que já podem te dar uma dica que você tá tendo uma manifestação de dengue em fase crítica, que é aquela dor abdominal forte e persistente, vômito persistente, pressão baixa, sensação de desmaio ou desmaio”, explica o presidente da Sociedade de Infectologia do RJ, Rodrigo Lins. O infectologista também explica que, ao pegar dengue pela segunda vez, os riscos são maiores. “Depois que ele pega dengue uma vez, ele tende a gerar mais resposta inflamatória na vez seguinte. E isso faz com que a chance de ele evoluir pra fase crítica seja maior, ou seja, quem já teve dengue tem um risco maior de ter uma dengue mais grave”. O infectologista Rodrigo Lins Reprodução/TV Globo Só na Baixada Fluminense, região onde Lethicia mora e está internada, são 265 casos de dengue. As cidades mais críticas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, são: Duque de Caxias (99); Magé (34); Nilópolis (31); Belford Roxo (23); Nova Iguaçu (22); São João de Meriti (21); Mesquita (15). Em todo o estado, são 3.843 casos esse ano — 245 pacientes precisaram de internação. “A gente já observa um aumento de casos já excedendo aquele limite que a gente chama de "limite do esperado", né? E a gente também já observa, por exemplo, o aumento por 3 semanas consecutivas da taxa de positividade. Eu também tenho solicitações de leitos já aumentando gradativamente”, fala a superintendente de Informação Estratégica e Vigilância em Saúde, Luciane Velasque. Três pessoas morreram de dengue desde o início do ano: uma na cidade do Rio e duas em Paraíba do Sul. “Aquelas chuvas todas de março e tudo mais, a gente aumenta a população de mosquito e aumenta muito a transmissão. Então, a gente começa a ter um aumento dos casos de dengue quando o calor começa a vir com muita força, que é agora, e a gente tem a grande onda de dengue, lá pra março, lá pro começo de abril”, explica o infectologista. As doações de sangue em nome da Lethicia Santanna podem ser feitas das 7h30 às 13h na Rua Cirilo, número 183, em Mesquita, na Baixada Fluminense.