Pesquisa socorre Lula, após mostrar popularidade do petista em queda
Quaest divulgou nesta segunda mais uma parte da pesquisa realizada em janeiro
A Quaest divulgou, nesta segunda, uma pesquisa sobre a eleição presidencial de 2026 que, na avaliação de caciques da oposição, parece tentar socorrer o governo Lula em sua crise de popularidade.
O levantamento, segundo informou o instituto nas redes, foi feito na mesma leva de entrevistas — foram 4.500 entrevistas entre os dias 23 e 26 de janeiro — em que se confirmou a impopularidade numérica de Lula no país.
Apesar de ter os dados de popularidade e dos cenários eleitorais para 2026 em mãos, a Quaest divulgou primeiro a queda de popularidade de Lula, o que alimentou uma série de críticas de caciques da base aliada sobre a atuação do governo.
Nesta segunda, veio o outro lado da moeda: apesar de impopular, o petista segue competitivo nas urnas. Embora a Quaest diga que as pesquisas foram feitas nas mesmas datas, o que é provável, o documento divulgado pelo instituto registra as entrevistas sobre o levantamento presidencial entre os dias 21 e 23, portanto, antes das entrevistas sobre popularidade. Esse aparente erro na divulgação dos dados levou alguns interlocutores da oposição a estranharem a pesquisa.
Para integrantes da oposição, há diferentes pontos controversos no levantamento. O primeiro deles é o fato de Jair Bolsonaro e Michelle, os nomes mais fortes em outras pesquisas, não estarem nos cenários estimulados da eleição, o que favoreceu Lula.
O petista também sai ganhando com a profusão de nomes incluídos nos levantamentos, alguns sem fundamento, como o cantor Gusttavo Lima. É consenso entre políticos de esquerda e de direita que o sertanejo não disputará o Planalto, apesar de ter lançado no ar essa possibilidade há algumas semanas, dizem aliados de Bolsonaro.
Lula é confrontado com uma profusão de possíveis candidatos de direita, num cenário improvável de ocorrer, com três governadores, mais o coach Pablo Marçal e Eduardo Bolsonaro disputando entre si e com o petista.
Os dados da Quaest reforçam os argumentos dos aliados de Bolsonaro que defendem a definição imediata de um candidato claro e viável ao Planalto em 2026. O ex-presidente, inelegível, insiste em manter sua candidatura de pé, o que acaba alimentando uma profusão de candidaturas laterais. Nesse contexto, quem ganha com essa fragmentação da oposição é Lula.