O choque de gestão de Hugo Motta na Câmara

Primeira reunião de líderes sob comando do novo presidente promove rompimento com forma de conduzir os trabalhos adotada por Arthur Lira

Fev 4, 2025 - 01:57
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O choque de gestão de Hugo Motta na Câmara

A primeira reunião de líderes da Câmara sob o comando de Hugo Motta (Republicanos-PB) promoveu um verdadeiro choque de gestão em relação ao estilo que predominou durante a presidência de Arthur Lira (PP-AL).

“Vamos discutir com mais profundidade a pauta (de votação do plenário), para que o colégio de líderes possa se estabelecer e, a partir daí, colocarmos em prática aquilo que nós prometemos que é a previsibilidade e o planejamento das sessões”, declarou Motta ao fim da reunião desta segunda-feira.

Sob seu antecessor, só se votavam propostas no plenário da Câmara que estivessem sob regime de urgência. Agora, o novo presidente e os líderes de bancadas acordaram que o rito expresso será a exceção, e não a regra.

“Ele quer reforçar a atuação das comissões, que vão começar a funcionar sob sua presidência”, afirmou Mauro Benevides Filho (PDT-CE).

De agora em diante, haverá antecedência mínima de oito dias para a inclusão de projetos na pauta de votação do plenários, que precisarão, desde então, ter relator definido e parecer apresentado. 

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A ideia é dar tempo adequado para as bancadas discutirem o teor das propostas e negociarem eventuais mudanças com o relator. “Essa história de chegar 24 horas antes e apresentar (o relatório) vai acabar”, disse Benevides Filho.

Além disso, Motta definiu novas regras para marcar presença em sessões e votar no plenário:

  • às terças, deputados terão de marcar presença com biometria dentro do plenário, mas poderão registrar seus votos remotamente, por meio do aplicativo Infoleg;
  • às quartas, tanto a marcação de presença quanto o voto deverão ser feitos pela biometria, dentro do plenário; 
  • às quintas, deputados poderão marcar presença e votar pelo Infoleg.
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