MPF acusa duas pessoas por incêndio em área de reserva ambiental no DF
Fogo atingiu cerca de 380 hectares de mata, dos quais 220 eram de vegetação nativa
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça Federal duas pessoas por provocarem intencionalmente incêndio na Área de Preservação Ambiental do Planalto Central, às margens da Rodovia DF-290, próximo ao Engenho das Lages. Segundo o órgão, o crime ocorreu em setembro de 2024 e o fogo atingiu cerca de 380 hectares, sendo 220 caracterizados como vegetação nativa de cerrado, além de causar diversos danos à população de todo o Distrito Federal.
De acordo com o MPF, que obteve imagens do ocorrido, os denunciados transitavam na DF-290, na Ponte Alta do Gama, se aproximaram das margens da reserva, e um deles desceu do carro e ateou fogo na vegetação. Ao retornar ao carro, o outro denunciado, que conduzia o veículo, deu sequência ao trajeto.
Além da vegetação afetada, o incêndio atingiu zonas ocupadas por chácaras, residências e instalações rurais, entre elas as pastagens da Fazenda Brasília Avestruz, da Fazenda São Jerônimo do Buritizinho, e da plantação de café irrigado da Fazenda Buritizinho.
A região, que à época atravessava um período de seca histórica, teve uma piora nos níveis de poluição atmosférica por conta dos incêndios intencionais, causando grandes transtornos para a comunidade local e de todo o DF.
Procurador da República e autor da denúncia, Frederico Paiva afirmou que essa condição afetou a saúde da população. Entre os problemas causados, estiveram a dificuldade para respirar, tosse seca, ardor nos olhos, no nariz e na garganta, entre outros.
Agora, para que o processo seja instaurado, a Justiça Federal deverá aceitar a denúncia do MPF