Como Flávio Dino e Hugo Motta pretendem lidar com a crise das emendas
Favorito absoluto para se eleger à presidência da Câmara neste sábado, líder do Republicanos trocou acenos ao diálogo com ministro do STF
Apesar de Hugo Motta ter se amparado em Arthur Lira para afiançar acordos na campanha à presidência da Câmara, para a qual é favorito absoluto na eleição deste sábado, líderes da Casa têm a expectativa de uma mudança de estilo nos próximos dois anos, especialmente na relação com os demais Poderes.
Aos olhos dessas lideranças, Lira vinha sempre dobrando a aposta com o STF. Recentemente, Flávio Dino e Motta trocaram sinais, por meio de emissários, sobre a disposição para chegar a uma solução pacífica para a crise das emendas parlamentares, alvo de ações na Corte.
Em um despacho no fim de dezembro, o ministro do Supremo deu o tom da dinâmica com Lira ao convocar audiências sobre os repasses bilionários só para fevereiro e março de 2025, depois das eleições no Congresso, para que “o diálogo institucional ocorra de forma produtiva”.
A ideia, agora, é que o relator das ações sobre emendas no Supremo e o provável próximo presidente da Câmara façam reuniões para chegar a uma espécie de meio-termo entre a lei complementar, aprovada pelo Congresso, que trouxe novas regras para os repasses, e as exigências de rastreabilidade e transparência feitas por Dino em suas últimas decisões.