Marcelo D2 compartilha os livros e filmes que inspiram seu processo criativo
De clássicos cults do cinema a biografias de músicos que ele admira, vale (muito) embarcar na inspiração criativa de D2. The post Marcelo D2 compartilha os livros e filmes que inspiram seu processo criativo appeared first on NOIZE | Música do site à revista.
Na edição da Revista Noize que acompanhou o disco Assim Tocam os Meus TAMBORES (2020), Marcelo D2 compartilhou com a gente os livros e filmes que inspiram na sua produção artística. Tem clássicos cults do cinema, biografias de artistas que ele admira, livros de fotografias, documentários… vale conferir para mergulhar na mente criativa de D2, que volta à Noize este mês com o lançamento do vinil A Procura da Batida Perfeita (2003).
Marcelo D2 divide processo criativo do álbum “ATMT”, produzido na Twitch
PARA LER
Mali Twist (2017) – Malick Sidibé
Malick Sidibé é um fotógrafo de Mali. Esse livro, editado pela Fundação Cartier, me inspirou muito visualmente para compor a arte e as músicas do disco. Com certeza, uma das influências visuais mais importantes do ATOMT. Para quem não conseguir achar o livro, vale muito a pena pesquisar o trabalho do artista.
Beastie Boys Book (2018) – Michael Diamond e Adam Horovitz
Esse é um livro escrito pelo Mike D e o Ad-Rock, os dois MCs do Beastie Boys, que é uma das bandas que mais me influenciaram de todos os tempos. Li essa biografia enquanto fazia o disco. Além do livro, tem o documentário Beastie Boys Story (2020) que vale a pena dar uma conferida. Eles são uma banda que tem uma trajetória parecida com a minha, do hardcore ao rap, a música instrumental e como usar todas as influências. Super importante na minha carreira.
Orixás (2018) – Pierre Fatumbi Verger
Uma grande fonte de inspiração para o disco. Talvez, Pierre Verger seja o fotógrafo que melhor registrou o Brasil, eu amo as fotos dele. São grandes referências: ele, o Marcel Gautherot e essa leva de fotógrafos franceses que vieram ao Brasil no início da segunda metade do século XX. Encontro muita inspiração na área visual, então, esse fotógrafo é pra vida — e não só de agora.
Guia Pussy Riot Para Ativismo (2019) – Nadya Tolokonnikova
Ele já me tocou há um tempo. Comprei no ano passado como presente para Luiza [Machado], mas acabei lendo antes dela. Um livro que me influenciou na hora de escrever as letras do novo disco do Planet Hemp, continua me tocando muito nos últimos meses, ele tem sido como um guia de bolso para os dias atuais. Vale muito a pena conhecer!
PARA VER
The Broken Circle Breakdown (2012) – Felix van Groeningen
Talvez seja o filme mais impressionante que já vi na vida, algo totalmente inesperado. Um filme belga, que além de contar com uma história incrível e um roteiro bem amarrado, tem uma das trilhas sonoras mais incríveis e legais. Uma baita referência. Enquanto diretor, é um filme que eu gostaria de ter feito.
Kids (1995) – Larry Clark
Larry Clark foi uma grande influência, acho que ele é quem melhor retrata o skate no cinema. A fotografia, melancolia e — principalmente — a cadência dos filmes dele, faz com que ele seja um dos meus diretores favoritos. Entra facilmente no meu top 5.
Blessed (2018) – William Strobeck
Um filme de skate da Supreme, mas eu escolhi esse porque o diretor é um cara super inovador. Esses vídeos têm uma linguagem própria, barata, e que estão escrevendo a história dos anos 2000. Sempre fui fã de vídeo de skate, acho divertida a maneira dele registrar, são super vanguardistas. Grandes diretores saem da cena de vídeos de skate, Spike Jonze é um, o William, é outro. Quis indicar porque ele mostra o que está acontecendo nesse momento.
Saravah (1972) – Pierre Barouh
O filme do francês Pierre Barouh, que veio para o Brasil e gravou algumas das cenas mais incríveis da música brasileira. Tem João da Baiana tocando prato e sambando, enquanto o Baden Powell toca violão. Tem Paulinho da Viola, Maria Bethânia, Pixinguinha… Esse filme me inspirou muito para o Assim tocam os MEUS TAMBORES. Gosto de assistir sempre que estou gravando disco. Um filme simples com uma linguagem de documentário dos anos 1970, é um marco na história.
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