A programação de streaming destaca o final de “Sintonia”, série brasileira mais assistida da netflix, além da volta de “Invencível” e a estreia de várias séries novas. Entre os filmes, a variedade vai do malfadado “Kraven: O Caçador” em VOD até o thriller “A Ordem”, um dos filmes mais aplaudidos do último Festival de Veneza, que chega com exclusividade na Prime Video. São 15 títulos selecionados como dicas da semana.

SÉRIES

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ROURONI KENSHIN | NETFLIX

A Netflix disponibilizou a nova versão de “Rurouni Kenshin”, produzida em 2023 pelo estúdio Liden Films e já disponibilizada na Crunchyroll. O anime reimagina a história clássica do andarilho Kenshin Himura, um ex-assassino que busca redenção durante a era Meiji no Japão – e que no Brasil ficou conhecido como Samurai X, graças à cicatriz em seu rosto.

Diferentemente da primeira adaptação animada de 1996, a nova produção é mais fiel ao mangá de Nobuhiro Watsuki, tanto na narrativa quanto no desenvolvimento dos personagens. A trama inicia com Kenshin chegando a Tóquio, onde conhece Kaoru Kamiya, proprietária de um dojo em dificuldades. Juntos, eles enfrentam desafios que testam suas convicções e laços.

Enquanto os fãs dos mangás elogiaram a animação aprimorada e a fidelidade ao material original, novos espectadores protestaram contra a produção, devido às controvérsias envolvendo o autor do mangá, que em 2017 foi acusado de posse de pornografia infantil. Durante uma busca em sua residência, as autoridades japonesas encontraram centenas de DVDs contendo material explícito envolvendo menores de 15 anos. Watsuki admitiu as acusações e foi condenado a pagar uma multa de 200 mil ienes (aproximadamente US$ 1.500 na época). Após a condenação, a serialização do mangá foi suspensa por um ano. A retomada em 2018 gerou debates sobre ética e responsabilidade na indústria do entretenimento japonesa.

O novo anime foi lançado em meio à polêmica, e alguns fãs defenderam a separação entre a obra – que é muito famosa e popular – e seu criador. A produção do anime não fez declarações públicas sobre Watsuki, que supervisionou os designs de personagens e o enredo da nova adaptação. A direção é de Hideyo Yamamoto, conhecido por seu trabalho em “Strike the Blood”.

>> QUARTA

SINTONIA | NETFLIX

Batizado de “O Último Corre”, o final da série brasileira mostra o destino de seus protagonistas, Doni (Jottapê), Nando (Christian Malheiros) e Rita (Bruna Mascarenhas), três amigos que cresceram juntos na mesma favela, influenciados pelo fascínio do funk, do tráfico de drogas e da igreja. Com os novos episódios, o público poderá acompanhar o resultado das grandes guinadas que aconteceram em suas vidas durante o quarto ano da produção.

Ao longo da 4ª temporada, Doni reinventou sua carreira, voltando às origens e lançando uma gravadora independente, Rita entrou na faculdade de Direito e passou a se destacar num estágio jurídico, e Nando se entregou à polícia, indo para a prisão num acordo para tirar sua esposa da cadeia. A despedida é repleta de cenas dramáticas, concentrando-se nos planos de Nando de fugir da cadeia. Preparem os lenços.

“Sintonia” é produzida por Kondzilla, diretor de clipes de funk e dono do canal do YouTube mais visto do Brasil, e escrita por Guilherme Quintella (também roteirista de “Insânia”).

AMOR ATÉ O FIM | APPLE TV+

A comédia romântica espanhola explora o reencontro de dois amigos de infância em momentos críticos de suas vidas. Raúl, interpretado por Joan Amargós (“Mantícora”), é um homem cauteloso que, após ser diagnosticado com câncer no coração, reencontra Marta, vivida por Verónica Echegui (“Intimidade”), uma mulher de espírito livre que acaba de descobrir que está grávida. Juntos, eles retomam uma amizade de infância e começam a questionar suas crenças sobre o amor.

“Amor Até o Fim” é criada e dirigida por Dani de la Orden, roteirista de “Elite”. O enredo propõe a seguinte expectativa: Marta, avessa a compromissos, será capaz de se apaixonar verdadeiramente? E Raúl encontrará o amor de sua vida?

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INVENCÍVEL 3 | PRIME VIDEO

A animação adulta adapta os quadrinhos homônimos de Robert Kirkman (o autor de “The Walking Dead”), que abordam o universo dos super-heróis com um olhar sombrio e ultraviolento. A trama acompanha Mark Grayson, um jovem aparentemente comum, exceto pelo fato de ser filho do super-herói mais poderoso do planeta, Omni-Man. Durante toda a vida, ele acreditou que seu pai era um alienígena benevolente, vindo do planeta Viltrum para proteger a Terra, e que havia herdado seus poderes para continuar esse legado. Até o dia em que é convidado a se juntar ao pai em sua verdadeira missão: dominar o mundo. A descoberta coloca pai e filho num confronto pela vida na Terra, que quase custa a vida de Mark.

Na 2ª temporada, Invencível descobre que seu pai está tentando se regenerar por sua influência. Mas, por conta disso, passou a ser considerado um traidor de sua raça, sendo caçado e aprisionado. Ao mesmo tempo, Mark aceita entrar num grupo de heróis supervisionado pelo governo dos Estados Unidos para impedir uma invasão viltrumita na Terra. Só que esta parceria não acontece como ele esperava. No terceiro ano, o jovem herói se revolta contra Cecil, o chefão do governo, é traído numa emboscada e decide romper completamente com o governo – além de adotar um novo uniforme.

O elenco de dubladores reúne diversos intérpretes “clássicos” de “The Walking Dead”, a começar por Steven Yeun (o Glenn), dublador de Mark, o Invencível. Além dele, as vozes originais incluem Lauren Cohan (a Maggie), Lennie James (Morgan), Khary Payton (Ezekiel), Ross Marquand (Aaron), Sonequa Martin-Green (Sasha), Michael Cudlitz (Abraham) e Chad Coleman (Tyreese).

A produção também conta com dublagens de JK Simmons (vencedor do Oscar por “Whiplash”) como Omni-Man e Sandra Oh (vencedora do Globo de Ouro por “Grey’s Anatomy” e “Killing Eve”) como a mãe do protagonista, sem esquecer de Zazie Beetz (“Coringa”), Walton Goggins (“Tomb Raider”), Mark Hamill (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”), Gillian Jacobs (“Community”) e Seth Rogen (“Vizinhos”), entre outros. Não por acaso, a Amazon trouxe parte dos dubladores para a CCXP 2024. Esse elenco impressionante mais que justifica a opção por assistir aos episódios no idioma original.

VINAGRE DE MAÇÃ | NETFLIX

A minissérie de true crime acompanha a jornada de Belle Gibson, uma mãe solteira australiana que construiu um império comercial ao afirmar que curava seu câncer cerebral com um estilo de vida natural — alegações que mais tarde foram desmascaradas como fraude.

Criada pela roteirista australiana Samantha Strauss (roteirista de “Nove Desconhecidos”), a série é inspirada no livro “The Woman Who Fooled the World”, escrito pelos jornalistas Beau Donelly e Nick Toscano, responsáveis por expor o esquema de Gibson. A trama vai além da história da golpista ao explorar as experiências de outras mulheres ligadas ao universo do bem-estar e da influência digital. Com ambientação e trilha sonora pop dos anos 2000, a produção aborda com sagacidade tanto as promessas enganosas do mercado de saúde alternativa quanto o impacto crescente das redes sociais na percepção coletiva da verdade.

Kaitlyn Dever (“Dopesick”) interpreta Belle Gibson, passando por diferentes fases da vida da influenciadora. Tilda Cobham-Hervey (“I Am Woman”) dá vida a Lucy, uma paciente com câncer que se encanta com a esperança oferecida pelas postagens de Belle. Alycia Debnam-Carey (“Fear the Walking Dead”) vive Milla Blake, uma jovem que, ao ser diagnosticada com sarcoma, lança uma plataforma rival de bem-estar baseada em métodos alternativos, como enemas de café e uma dieta à base de sucos. Por fim, Aisha Dee (“The Bold Type”) assume o papel da melhor amiga de Milla, que inicialmente vê Belle como uma aliada, mas desenvolve desconfianças que a transformam em uma crítica fervorosa.

NOVO COMEÇO | PRIME VIDEO

A sitcom acompanha Harry Slate, um proprietário veterano de lava-jato no Alabama, que enfrenta um processo de autodescoberta quando seu filho retorna para casa após 17 anos de ausência como Desiree, uma mulher trans. Os papéis principais são vividos por George Wallace (“A Batalha do Biscoito Pop-Tart”) e Laverne Cox (“Orange is the New Black”).

Além de estrelar, a dupla criou a série em parceria com o roteirista Dan Ewen (“Brincando com Fogo”), e o lançamento marca uma das últimas produções do lendário Norman Lear, falecido em 2023 aos 101 anos. Não por acaso, a série aborda temas característicos do estilo do produtor, como amor incondicional e aceitação. Norman Lear criou e produziu algumas das sitcoms mais influentes das décadas de 1970 e 1980, como “Tudo em Família”, “Maude”, “Good Times”, “The Jeffersons” e “One Day at a Time”. Esses programas abordavam temas sociais e políticos relevantes, tendo sido pioneiros em trazer discussões sobre racismo, feminismo e desigualdades sociais para o horário nobre da televisão americana.

CILADA 2 | GLOBOPLAY

A série criada e protagonizada por Bruno Mazzeo (“E aí… Comeu?”) retorna em sua “segunda” temporada após ser resgatada no ano passado, interrompendo um hiato de 15 anos. A versão original da atração durou seis temporadas, exibidas entre 2005 e 2009 no Multishow. Assim como na produção clássica, os dez novos episódios inéditos exploram as desventuras cotidianas de Bruno e sua esposa, Débora, interpretada por Débora Lamm (“Nas Ondas da Fé”).

Os novos episódios abordam situações como retiros espirituais, o calor intenso do Rio de Janeiro e a crise dos 40 anos. Bruno e Débora enfrentam os desafios de um relacionamento de longa data, buscando reacender a chama da paixão e lidando com as complexidades da vida moderna. Entre os destaques do elenco coadjuvante, Augusto Madeira (“Bingo: O Rei das Manhãs”) retorna como o personagem Sandro após participação num episódio antigo para acompanhar Bruno em um capítulo chamado “Vida de Solteiro”, em que o protagonista tentará dar um tempo no casamento.

“Cilada” é escrita por Bruno Mazzeo e Rosana Ferrão (“Cilada.com”), com colaboração de Gustavo Gessullo e Bárbara Duvivier (“Os Outros”). A direção é de Felipe Joffily (“Nas Ondas da Fé”), e a produção é assinada por Augusto Casé (também de “Nas Ondas da Fé”).

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THE RIGHTEOUS GEMSTONES 4 | MAX

Criada e estrelada por Danny McBride, “The Righteous Gemstones” segue a história de uma família de televangelistas mundialmente famosa com uma longa tradição de desvios, ganância e machismo. Na 3ª temporada, os filhos Gemstone (interpretados por McBride, Edi Patterson e Adam Devine) finalmente conseguiram o que desejavam: assumir o controle da igreja de seu pai (interpretado por John Goodman, “O Grande Lebowski”). Agora, a temporada final trará desfechos significativos para os personagens e encerrará a narrativa de forma completa.

O cancelamento foi uma decisão criativa, já que a 3ª temporada foi a mais vista da série, superando a audiência das séries anteriores de McBride na HBO, “Eastbound and Down” e “Vice Principals”.

Além do elenco tradicional, os últimos capítulos contarão com as participações de Megan Mullally (“Will & Grace”) e Seann William Scott (“American Pie”) para a despedida da atração.

FILMES

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KRAVEN – O CAÇADOR | *VOD

A pior bilheteria deste século de uma adaptação de quadrinhos da Marvel chega ao streaming e muitos podem ficar curiosos para saber o que deu errado. A verdade é que o último derivado dos quadrinhos do Homem-Aranha segue a tendência dos anteriores, com uma história de origem de anti-herói em vez de vilão, num filme abaixo da crítica. Para quem não conhece o personagem dos quadrinhos, Sergei Kravinoff, o Kraven, foi apresentado originalmente em 1964 como um imigrante russo e caçador de animais selvagens, que graças a um soro místico adquiria força super-humana. Depois de conquistar vários desafios, ele se torna obcecado em abater o Homem-Aranha para provar que é o maior caçador do mundo. Embora nunca tenha aparecido em live-action até então, o vilão já teve histórias icônicas, em particular “A Última Caçada de Kraven” de 1987, considerada a história mais sombria de toda a trajetória do Homem-Aranha – a resposta da Marvel ao “Cavaleiro das Trevas” – , que termina em suicídio. Uma paulada.

O longa conta uma história completamente diferente, ao apresentar Kraven como um rebelde que se revolta contra as barbaridades do pai gângster. Na trama, o jovem Kraven reluta em seguir os passos do pai caçador e mafioso, e tem o destino selado ao ser atacado por um leão durante uma caçada. Deixado para morrer pela própria família, ele se transforma – e não apenas de forma figurada. Em busca de vingança, ele passa a caçar o próprio pai, eliminando todos os chefes do sindicato do crime da família. O que não falta é violência. A produção é bem mais visceral que “Venom”, “Madame Teia” e “Morbius”, a ponto de justificar uma classificação R-Rated nos Estados Unidos – o primeiro filme do universo Marvel da Sony para maiores. No Brasil, a indicação etária ficou em 16 anos. Mas o roteiro simplório, aliado a efeitos visuais de liquidação e uma edição assassina, que leva às telas um filme diferente dos trailers, não deve agradar nenhum adulto que se preze. “Kraven” encerra a disputa sobre qual é o pior derivado do Homem-Aranha, deixando “Morbius” e “Madame Teia” a salvo desta má fama.

O elenco destaca Aaron Taylor-Johnson (“Vingadores: Era de Ultron”) totalmente sarado no papel-título, Ariana DeBose (vencedora do Oscar por “Amor, Sublime Amor”) como a feiticeira Calipso, Fred Hechinger (“The White Lotus”) como o irmão de Kraven (também conhecido como o vilão Camaleão nos quadrinhos), Russell Crowe (“Gladiador”) como o pai de Kraven e Alessandro Nivola (“Os Muitos Santos de Newark”) como ninguém menos que o Rino – diferente dos gibis, em que veste um traje especial, ele realmente se torna uma criatura no filme.

O roteiro é de Richard Wenk (“O Protetor”), e foi revisado por Art Marcum e Matt Holloway (dupla de “Homem de Ferro”). Já a direção está a cargo de JC Chandor (“Operação Fronteira”).

O CONDE DE MONTE CRISTO | *VOD

Uma das histórias de vingança mais famosas da literatura ganha uma nova roupagem cinematográfica com quase 3 horas de duração e elogios rasgados da crítica internacional. Em sua première no Festival de Cannes, foi ovacionado por 12 minutos, tornando-se o filme mais aplaudido da edição de 2024 do famoso festival. A crítica reverberou a recepção positiva com 96% de aprovação no Rotten Tomatoes. Para completar, o longa ainda liderou as indicações ao César, considerado o “Oscar francês”, com 14 nomeações, incluindo Melhor Filme.

A criação clássica de Alexandre Dumas acompanha a jornada de Edmond Dantes, um jovem que se torna alvo de uma trama sinistra e é preso no dia de seu casamento por um crime que não cometeu. Após 14 anos na prisão da ilha de Château d’If, ele consegue escapar de maneira ousada. Anos depois, rico além de seus sonhos graças à descoberta de um tesouro escondido, assume a identidade do Conde de Monte Cristo e volta à sua cidade para se vingar dos homens que o traíram. O elenco destaca Pierre Niney (“Yves Saint Laurent”) no papel-título, além de Anaïs Demoustier (“Alice e o Prefeito”), Laurent Lafitte (“Elle”), Pierfrancesco Favino (“O Traidor”), Anamaria Vartolomei (“O Acontecimento”) e Bastien Bouillon (“A Noite do dia 12”).

A superprodução francesa traz de volta os cineastas Matthieu Delaporte e Alexandre de la Patellière ao universo de Dumas, que exploraram com enorme sucesso em “Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan” e “Os Três Mosqueteiros: Milady”, blockbusters do cinema francês que resgataram os clássicos literários para a geração Z acostumada a lançamentos de ação desenfreada. A dupla apenas escreveu os dois filmes anteriores, dirigidos por Martin Bourboulon, mas agora fazem tudo: texto e direção.

Visualmente deslumbrante, apresenta cenários que vão desde as celas úmidas da prisão até os palácios opulentos da aristocracia francesa, capturando a transformação de Dantès em um anti-herói movido pela justiça.

AS POLACAS | *VOD

O diretor João Jardim (“Getúlio”) mergulha em uma parte pouco explorada da história brasileira: a imigração judaica no início do século 20 e o envolvimento de mulheres judias no mercado de prostituição no Rio de Janeiro. O drama acompanha a saga da polonesa Rebeca (Valentina Herszage, de “Mate-Me Por Favor”), uma mãe judia que chega ao Brasil fugindo da guerra com o filho pequeno em 1917. Porém, ao contrário das promessas de felicidade, a realidade que encontra no Rio de Janeiro é completamente diferente. Ela descobre que seu marido faleceu e acaba refém de uma grande rede de prostituição e tráfico de mulheres, chefiada por Tzvi (Caco Ciocler, de “Segundo Sol”). Sofrendo com sua condição, Rebeca encontra forças em outras mulheres que vivem o mesmo drama, planejando lutar por liberdade.

O elenco também destaca Dora Freind (“Medusa”), Clarice Niskier (“Me Chama de Bruna”), Amaurih Oliveira (“A Divisão”), Erom Cordeiro (“DNA do Crime”), Bruce Gomlevsky (“Desalma”), Otavio Muller (“O Jogo que Mudou a História”) e a estreante em longas Anna Kufner. O roteiro é de Jacqueline Vargas (“Sessão de Terapia”) e Flavio Araújo (“Os Outros”), com texto final de George Moura (“Onde Nascem os Fortes”).

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MEIO GRÁVIDA | NETFLIX

Na comédia para maiores, Amy Schumer (“Sexy por Acidente”) vive Lainy Newton, uma professora recém-solteira que sonha em ser mãe. O ciúme toma conta de Lainy quando ela descobre que sua melhor amiga, interpretada por Jillian Bell (“Mistério em Paris”), está grávida. A partir disso, ela decide fingir que também está esperando um bebê, usando uma barriga falsa para manter a farsa.

A mentira se complica quando Lainy conhece o homem dos seus sonhos, vivido por Will Forte (“O Último Cara da Terra”). O relacionamento evolui, enquanto a farsa se torna cada vez mais difícil de ser mantida.

“Meio Grávida” foi dirigido por Tyler Spindel (“Meus Sogros Tão pro Crime”), sobrinho de Adam Sandler, e produzido pela Happy Madison, produtora das comédias estreladas por Sandler. O elenco também inclui Urzila Carlson (“Overqualified Loser”), Damon Wayans Jr. (“New Girl”), Brianne Howey (“Ginny & Georgia”), Alex Moffat (“Saturday Night Live”), Joel David Moore (“Avatar”) e Lizze Broadway (“Gen V”) em papéis de apoio.

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A ORDEM | PRIME VIDEO

O suspense de true crime estrelado por Jude Law (“Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”) causou forte impacto no último Festival de Veneza. Inspirado em uma história real, o filme de Justin Kurzel (“Assassin’s Creed”) se passa no noroeste dos Estados Unidos durante os anos 1980. A trama acompanha o agente do FBI Terry Husk (Law), que investiga uma série de assaltos violentos, conectados a um grupo supremacista branco, que tem o objetivo de usar o dinheiro para financiar atentados contra o governo dos EUA. O elenco também destaca Nicholas Hoult (“X-Men: Fênix Negra”) como uma neonazista fervoroso, além de Tye Sheridan (também de “X-Men: Fênix Negra”), Jurnee Smollett (“Aves de Rapina”) e Marc Maron (“GLOW”)

O público brasileiro pode ter dificuldade para entender a premissa, já que as leis dos Estados Unidos são muito diferentes em relação à intolerância racial e o porte de armas. No filme, a organização neonazista identificada como A Ordem opera impunemente, divulgando discursos de ódio racial e ostentando suásticas e armas, que compra sem qualquer restrição. Como consequência, o grupo se torna uma ameaça nacional. No Brasil, seus integrantes seriam presos nas primeiras suásticas e armas encontradas.

Durante o Festival de Veneza, o filme foi aplaudido por nove minutos e recebeu críticas elogiosas da imprensa internacional, atingindo 92% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Apesar disso, chega direto em streaming, em possível consequência do novo quadro político americano, marcado pela ascensão da extrema direita ao poder.

STING – ARANHA ASSASSINA | VOD*

Uma pequena vila australiana é tomada pelo caos quando uma aranha geneticamente modificada escapa de um laboratório e cresce de forma descontrolada, ameaçando seus moradores. Num resgate do tema das criaturas mutantes gigantes, que foi tendência nos anos 1950, a obra de Kiah Roache-Turner (“Wyrmwood”) também se destaca pelo uso de efeitos práticos, criando uma atmosfera claustrofóbica que utiliza o isolamento geográfico como elemento essencial da trama. O elenco, liderado por Jermaine Fowler (“Um Príncipe em Nova York 2”), Penelope Mitchell (“Hemlock Grove”), Ryan Corr (“A Casa do Dragão”) e a menina Alyla Browne (“Furiosa: Uma Saga Mad Max”), sustenta a narrativa com performances intensas.

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CONFIA, SONHO DE CRIA | GLOBOPLAY

A comédia musical marca a estreia de MC Cabelinho em longa-metragem, após experimentar a atuação nas novelas “Amor de Mãe” e “Vai na Fé”. Ele interpreta Nando, um jovem morador do complexo de favelas Pavão-Pavãozinho e Cantagalo (PPG) que trabalha como entregador em Copacabana e sonha em se tornar uma estrela do trap. A vida do jovem muda ao conhecer Jaque, vivida pela cantora Malía. Acostumada a sobreviver com criatividade e recursos nem sempre convencionais, Jaque percebe o talento de Nando e decide ajudar a alavancar sua carreira. Sem aviso, ele se torna um sucesso, mas mantém sua fama em segredo de quem está próximo.

Embora não seja uma obra biográfica, o filme apresenta semelhanças com a vida de MC Cabelinho, que também cresceu no PPG e, no início da carreira, conciliava o sonho de viver de música com outros trabalhos. O elenco também conta com a ex-BBB Camilla de Lucas (“O Lado Bom de Ser Traída”), Daniel Rocha (“Quem Vai Ficar com Mário?”) e Julia Stockler (“A Vida Invisível”), além de participações de artistas como L7nnon, Azzy e Poze do Rodo.

O roteiro do longa é assinado por Pedro Alvarenga (“Garota do Momento”), Fabricio Santiago (“Malhação”) e Renata Sofia, com supervisão de Rosane Svartman (“Vai na Fé”). A direção é de Fabio Rodrigo (“Os Outros”).

* Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Claro TV+, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras, que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.