Cérebro pode conter 7g de microplásticos

Na última segunda-feira (3), um estudo da Universidade do Novo México revelou que o cérebro pode conter 7g de microplásticos. Para termos uma noção, o órgão costuma pesar cerca de 1,3 kg. Clique e siga o Canaltech no WhatsApp Quais são os perigos dos microplásticos à saúde e ao meio ambiente? Microplásticos são identificados em coágulos no coração A pesquisa faz um alerta: o número de pequenos pedaços de plástico encontrados em cérebros humanos aumentou drasticamente entre 2016 e 2024. Fígados e rins humanos também mostraram aumentos nas concentrações de microplásticos, mas os cérebros foram afetados até 30 vezes mais. Um ponto importante da pesquisa é que as pessoas com diagnóstico de demência tiveram uma quantidade maior de microplásticos no cérebro do que as outras. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- A pesquisa destaca preocupações crescentes sobre o nível de microplásticos no meio ambiente, que estão sendo cada vez mais encontrados no corpo humano. Na ocasião, os pesquisadores testaram amostras de fígado, rins e tecidos cerebrais de pessoas que morreram e foram submetidas a autópsia em 2016 e em 2024. Isso incluiu um total de 52 cérebros (28 de 2016 e 24 de 2024). Partículas foram encontradas em todas as amostras. Microplásticos no cérebro Microplásticos no cérebro (Imagem: Nihart et al, 2025/Nature Medicine) O estudo não notou diferença entre as quantidades de plástico encontradas nos tecidos do fígado e dos rins entre 2016 e 2024. mas nas amostras de 2016, todas da parte do cérebro envolvida em pensamentos, emoções, julgamento e memória, apresentaram concentrações maiores de partículas de plástico.  O artigo foi publicado na revista Nature Medicine. No ano passado, cientistas da University of New Mexico em Albuquerque perceberam que as partículas de microplástico bloqueiam o fluxo sanguíneo no cérebro. Anteriormente, pesquisadores já tinham lançado a teoria de que microplásticos invadem o cérebro 2 horas após a ingestão.  Leia também: Microplásticos: você inala o equivalente a um cartão de crédito por semana Plasticose: doença do plástico já afeta pássaros VÍDEO | Como existe dor de cabeça se o cérebro não sente dor?   Leia a matéria no Canaltech.

Fev 6, 2025 - 20:30
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Cérebro pode conter 7g de microplásticos

Na última segunda-feira (3), um estudo da Universidade do Novo México revelou que o cérebro pode conter 7g de microplásticos. Para termos uma noção, o órgão costuma pesar cerca de 1,3 kg.

A pesquisa faz um alerta: o número de pequenos pedaços de plástico encontrados em cérebros humanos aumentou drasticamente entre 2016 e 2024. Fígados e rins humanos também mostraram aumentos nas concentrações de microplásticos, mas os cérebros foram afetados até 30 vezes mais.

Um ponto importante da pesquisa é que as pessoas com diagnóstico de demência tiveram uma quantidade maior de microplásticos no cérebro do que as outras.

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A pesquisa destaca preocupações crescentes sobre o nível de microplásticos no meio ambiente, que estão sendo cada vez mais encontrados no corpo humano.

Na ocasião, os pesquisadores testaram amostras de fígado, rins e tecidos cerebrais de pessoas que morreram e foram submetidas a autópsia em 2016 e em 2024. Isso incluiu um total de 52 cérebros (28 de 2016 e 24 de 2024). Partículas foram encontradas em todas as amostras.

Microplásticos no cérebro

Microplásticos no cérebro (Imagem: Nihart et al, 2025/Nature Medicine)

O estudo não notou diferença entre as quantidades de plástico encontradas nos tecidos do fígado e dos rins entre 2016 e 2024. mas nas amostras de 2016, todas da parte do cérebro envolvida em pensamentos, emoções, julgamento e memória, apresentaram concentrações maiores de partículas de plástico. 

O artigo foi publicado na revista Nature Medicine.

No ano passado, cientistas da University of New Mexico em Albuquerque perceberam que as partículas de microplástico bloqueiam o fluxo sanguíneo no cérebro.

Anteriormente, pesquisadores já tinham lançado a teoria de que microplásticos invadem o cérebro 2 horas após a ingestão. 

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