Braskem corta investimentos em startups
A Braskem, empresa petroquímica de atuação global nas indústrias da química e do plástico, não vai fazer novos investimentos na Oxygea, seu hub para startups lançado em 2022 com um capital de US$ 150 milhões para cinco anos. Segundo a c...
A Braskem, empresa petroquímica de atuação global nas indústrias da química e do plástico, não vai fazer novos investimentos na Oxygea, seu hub para startups lançado em 2022 com um capital de US$ 150 milhões para cinco anos.
Segundo a companhia, a decisão está ligada à reavaliação e priorização de seus ativos e investimentos, tanto operacionais como estratégicos, na busca da otimização da alocação de capital e na sua geração de caixa.
“Tal medida não afasta a inovação como um pilar estratégico da Braskem e seu propósito de continuidade do desenvolvimento de soluções, produtos e processos inovadores”, diz o comunicado da empresa a investidores.
O Oxygea atua como venture builder, para estruturar e incubar novos negócios, incluindo os desenvolvidos dentro da companhia, e como corporate venture capital (CVC), para realizar aportes em startups estabelecidas.
Atualmente, conta com oito startups no portfólio. Embeddo, GrowPack e LogShare fazem parte do programa Oxygea Labs. Balq, Pacey e Zaya, da venture builder; e AssetWatch e Circular, do CVC.
De acordo com o site Startups, especulações sobre o fim do hub já vinham circulando no mercado desde o início da semana e teriam relação com a chegada do novo CEO Roberto Prisco Paraíso Ramos, que assumiu o cargo em dezembro do ano passado.
Segundo a Bloomberg Línea, o executivo está em uma jornada de redução de custos, querendo realocar investimentos no core business do negócio.
A decisão também estaria relacionada aos planos da companhia para uma possível venda, que se arrasta há anos e se complicou com os recentes problemas que a empresa teve com o colapso de uma de suas minas em Maceió.
A Braskem foi fundada em 2002 e produz resinas plásticas e produtos químicos para diversos segmentos, como embalagens alimentícias, construção civil, industrial, automotivo, agronegócio, saúde e higiene.
Com receita líquida de R$ 19,6 bilhões, possui 8 mil colaboradores em escritórios e plantas nas Américas, Europa e Ásia, exportando seus produtos para clientes em mais de 70 países.