Beto aponta para um Clássico "imprevisível" e sem favoritos

Apesar do empate do FC Porto na última jornada da I Liga de futebol, frente ao Rio Ave, Beto, ex-guarda-redes dos dragões e do Sporting, defende que a "imprevisibilidade" vai ser a palavra-chave para o clássico que acontece esta sexta-feira no Estádio do Dragão.

Fev 5, 2025 - 13:00
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Beto aponta para um Clássico "imprevisível" e sem favoritos

"Este clássico vai ser imprevisível por todos os ingredientes. O FC Porto fez muitas alterações, desde treinador, métodos de trabalho, jogadores, tática. Acredito que imprevisibilidade é a palavra certa. O Sporting, por outro lado, passou já a fase atribulada. O Rui Borges estabilizou, impôs as suas ideias, impressão digital. Denota-se a estabilidade na equipa. Ainda assim, tem tido contrariedades, com lesões", frisou à agência Lusa o ex-guarda-redes que foi jogador do Sporting entre as épocas de 1995 e 2005 - ainda com uma passagem em 2016 - e do FC Porto de 2009 a 2011.

 

Além disso, Beto salientou a necessidade de ambas as equipas terem que vencer para se manterem na perseguição dos seus objetivos. O FC Porto está completamente proibido de perder pontos para não aumentar (ainda mais) a diferença para os leões, que estão no topo da tabela.

 "Para o FC Porto é obrigatório vencer se não quiser aumentar o fosso para o primeiro lugar. Por isso, há muitos ingredientes que tornam este jogo imprevisível. Acredito na estabilidade do Sporting e no sangue novo do FC Porto. Falta é perceber se a equipa vai conseguir assimilar, em tão pouco tempo, as ideias do novo treinador", salientou ainda.

Por todos os fatores referidos, Beto recusa-se a atribuir favoritismo a uma das equipas.

"Não entrego favoritismo a ninguém porque o fator Dragão é sempre motivador para o FC Porto. Com aquele ambiente, os jogadores superam-se", admitiu o ex-jogador que viveu de perto vários clássicos ao serviço de ambas as equipas.

Sobre essas memórias, Beto, de 42 anos, guarda um carinho especial por cada uma delas e salientou a "exigência" que cada jogo destes requer a um jogador.

"As memórias que guardo são as mais bonitas. Tive a felicidade de viver muitos clássicos. Toda a semana, a exigência que antecede estes jogos, pode ser decisiva. Os jogadores estão cientes disso, dessa responsabilidade. Quem joga em equipas grandes tem que ter capacidade de gerir isso", apontou ainda.