Antibióticos e vacinas podem reduzir risco de demência

Risco pode estar associado aos danos cerebrais causados por inflamações e infecções. É aí que os medicamentos entram O post Antibióticos e vacinas podem reduzir risco de demência apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fev 7, 2025 - 22:27
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Antibióticos e vacinas podem reduzir risco de demência

Demência não tem cura. Mesmo nesse cenário, uma pesquisa de Cambridge publicada em janeiro descobriu que antibióticos, anti-inflamatórios, antivirais e algumas vacinas podem reduzir o risco da doença.

A pesquisa associou o uso dos medicamentos à redução ou proteção contra inflamações e infecções, que podem causar danos cerebrais.

Estudo analisou dados de 1 milhão de pessoas com demência (Imagem: LightField Studios/Shutterstock)

Antibióticos e outros medicamentos têm relação com risco de demência

Um estudo liderado por pesquisadores de Cambridge analisou dados de saúde de 130 milhões de pessoas. Desse número, 1 milhão de pessoas tinha diagnóstico de demência.

Com base nos dados, foi possível observar uma relação de medicamentos prescritos comuns, como antibióticos, antivirais e vacinas, com um risco menor da doença. Então, a equipe conduziu uma revisão sistemática de 14 outros estudos para se aprofundar em quais medicamentos podiam influenciar o risco da demência.

A análise revelou ligação entre vacinas de hepatite A, tifoide e difteria com a redução no risco. Além dos antibióticos e antivirais, anti-inflamatórios também diminuíram as chances de declínio cognitivo.

Tomografia computadorizada de um cérebro humano
Relação entre medicamentos e redução no risco de demência está na proteção contra infecções e inflamações (Imagem: Triff/Shutterstock)

Como os medicamentos agem na redução

  • Os pesquisadores sugeriram que os efeitos protetores dos medicamentos contra inflamações e infecções podem melhorado a saúde geral do cérebro;
  • Além disso, segundo artigo no site The Conversation, a relação pode indicar que alguns tipos de demência são desencadeados por infecções virais ou bacterianas e, por isso, os antibióticos e antivirais têm esse efeito;
  • Ao combater as infecções, os medicamentos preservam as células e conexões cerebrais, desacelerando o declínio cognitivo característico da demência;
  • Já no caso das vacinas, elas previnem as infecções antes que aconteçam e impedem as consequências cerebrais das doenças;
  • No caso dos anti-inflamatórios, como o ibuprofeno, a relação está ligada à proteção contra inflamações, que, se prolongadas, podem causar danos cerebrais e danificar tecido saudável.
Diversas cartelas de comprimidos
Pesquisa reforçou necessidade de ensaios clínicos aprofundados (Imagem: DedMityay/Shutterstock)

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Estudo pode mudar entendimento da demência

A equipe deixou claro que, pelos dados analisados, não é possível saber por quanto tempo os pacientes tomavam os medicamentos prescritos e nem quantas vezes isso aconteceu. Eles reforçam a necessidade de mais pesquisas que esclareçam a relação dos antibióticos, vacinas e outros remédios com o risco de demência.

Como próximos passos, os cientistas defendem ensaios clínicos randomizados, para entender se os medicamentos realmente podem ser usados para prevenir a doença. No entanto, é importante levar em conta que eles fazem parte de uma estratégia mais ampla de prevenir infecções, inflamações e danos cerebrais no geral, a principal causa da demência.

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