Meta Paga US$ 25 Milhões para Encerrar Processo de Trump por Censura

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A Meta, empresa controladora do Facebook, desembolsará US$ 25 milhões (R$ 145,75 milhões) para encerrar um processo de Donald Trump, segundo veículos de imprensa. A disputa teve início após Trump ser suspenso das plataformas da Meta depois do ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

O processo alegava que a plataforma de mídia social censurou injustamente Trump ao suspender suas contas no Facebook e no Instagram após a invasão ao Capitólio. Trump também foi suspenso do Twitter após o ataque ao Capitólio. Sua conta foi restabelecida em 2022, pouco depois de o bilionário da tecnologia e apoiador de Trump, Elon Musk, assumir o controle da plataforma, agora chamada de X. Atualmente, a presença de Trump nas redes sociais se concentra no Truth Social, um aplicativo alternativo de direita pertencente ao Trump Media and Technology Group.

Segundo o Wall Street Journal, US$ 22 milhões (R$ 128,26 milhões) do valor do acordo serão destinados à biblioteca presidencial de Trump, enquanto o restante será usado para cobrir honorários advocatícios e outros autores do processo. O jornal, citando fontes familiarizadas com o acordo, informou que a Meta não admitiu nenhuma irregularidade. O atual presidente dos EUA assinou o acordo na Casa Branca na quarta-feira, segundo a CNN, que citou uma fonte anônima afirmando que Trump e o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, discutiram o processo em novembro, após a eleição.

A Meta não comentou sobre o processo, mas confirmou ao Wall Street Journal as informações divulgadas pelo jornal sobre o caso. Ela também não é a única empresa a resolver disputas judiciais com Trump enquanto ele retorna ao cargo. No mês passado, a ABC fez um acordo de US$ 15 milhões (R$ 87,450 milhões) com Trump para encerrar um processo por difamação que acusava o âncora George Stephanopoulos de fazer declarações imprecisas. Assim como no acordo com a Meta, a maior parte do valor pago pela ABC será destinada à biblioteca presidencial de Trump. Segundo o Wall Street Journal, a CBS estaria considerando um compromisso com Trump em relação ao processo em que ele acusa a emissora de interferência eleitoral por editar uma entrevista com Kamala Harris, buscando US$ 10 bilhões (R$ 58,300 bilhões) em indenização.

Relação de Mark Zuckerberg com Donald Trump

Zuckerberg tem restabelecido laços com Trump nos últimos meses — uma grande reviravolta no relacionamento, considerando que Trump já declarou que Zuckerberg merecia “passar o resto da vida na prisão”.  Mark Zuckerberg afirmou em uma teleconferência de resultados da Meta na quarta-feira que o governo Trump prioriza o sucesso da tecnologia americana e compareceu à posse de Trump após a Meta doar US$ 1 milhão (R$ 5,830 milhões) para o fundo inaugural.

Recentemente, Zuckerberg anunciou que a empresa encerrará seu programa de checagem de fatos, eliminando medidas que estavam no centro das acusações de parcialidade feitas por Trump. Além disso, Zuckerberg também se aproximou de aliados de Trump, nomeando recentemente o presidente do UFC, Dana White — um amigo de longa data do presidente — para o conselho de diretores da Meta. Por sua vez, Trump afirmou que as mudanças de política da Meta estavam “provavelmente” relacionadas às ameaças que fez contra Zuckerberg.

De acordo com a avaliação da Forbes, estima-se que a fortuna de Trump seja de US$ 5,8 bilhões (R$ 33,714 bilhões) e a de Zuckerberg, de US$ 233,6 bilhões (R$ 1,362 trilhões).

Ainda, não é só Zuckerberg que procura estreitar relações com Donald Trump, o cofundador da Amazon, Jeff Bezos, também buscou melhorar seu relacionamento antes conturbado com Trump após a eleição, doando US$ 1 milhão (R$ 5,830 milhões) para o fundo inaugural do presidente e dizendo na cúpula DealBook do The New York Times que estava otimista em relação ao segundo mandato de Trump.

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