Leão indica técnico capaz de fazer história no futebol brasileiro: “Tem caráter”

Emerson Leão valoriza o modo que Filipe Luís está administrando o trabalho à frente do Flamengo. Além dos títulos conquistados pelo treinador, o tricampeão do mundo em 1970 fez questão de exaltar o comportamento em relação ao elenco. Neste cenário, diante do ótimo caráter, houve uma sinalização de que o jovem profissional é capaz de marcar história no futebol brasileiro.

“Ele começou de uma maneira muito positiva, não com vitórias, mas com os relacionamentos. Ele é sério e tem caráter. Para mim, o ideal é ter caráter. Se não tiver, está desprezado! Tem momentos de alegria junto (dos jogadores). Até falta um pouco deixar de lado o (comportamento de) ex-atleta. Mas é legal nas comemorações. Ele vai amadurecendo.”, disse Leão, em entrevista ao Canal do Nilson Cesar, no YouTube.

“Além de tudo, ele começou no Flamengo. Contratando cada vez mais, vai ganhar títulos por méritos. Ele já era assim quando atleta. Eu vou torcer porque, com o caráter e a filosofia dele, pode ser um grande treinador.”, acrescentou.

Leão reprova estrangeiro na seleção

Apesar do atual momento de declínio, Leão não defende uma medida drástica na seleção. Sem questionar o trabalho de Dorival Júnior, o ex-goleiro sequer cogita um técnico estrangeiro dirigindo o Brasil. Na sequência, a presença numerosa de gringos no país também foi reprovada.

“Eu sou totalmente contra! Não vou aceitar nunca um treinador estrangeiro. Sem perseguição. Mas nós temos tanta capacidade, criamos tantas coisas e não precisávamos de ninguém.”

“Nós não precisamos disso. Não precisamos de tantos jogadores e treinadores estrangeiros. Isso dizendo que eu também já fui estrangeiro. Mas, na seleção brasileira, com identidade e coração? Espera um pouco.”, afirmou.

Trio de portugueses no Brasil

Campeões da Libertadores, Jorge Jesus, Abel Ferreira e Artur Jorge atingiram um status elevado no futebol brasileiro. Porém, mesmo sem tirar os méritos dos portugueses, Leão avalia que houve uma grande vantagem nos respectivos trabalhos em Flamengo, Palmeiras e Botafogo.

“O português veio para o Flamengo, que já era bom. Ele veio substituindo um campeão. Chega lá e contratou mais quatro (jogadores). Ficou muito melhor. O Abel veio para o Palmeiras, que já era o Palmeiras e contrata mais alguns. Pega (jogadores) da base que estavam sendo formados.”

“O dono do Botafogo pegou um monte de dinheiro para contratar. Passou vexame no primeiro ano, mas foi campeão no segundo ano.”, opinou.