IRB Re (IRBR3) é uma das “melhores apostas” do BTG Pactual para 2025 — e aqui estão os motivos por trás do otimismo

Os analistas mantiveram recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 56,50 para os próximos 12 meses, alta potencial de quase 20% frente ao último fechamento The post IRB Re (IRBR3) é uma das “melhores apostas” do BTG Pactual para 2025 — e aqui estão os motivos por trás do otimismo appeared first on Seu Dinheiro.

Jan 15, 2025 - 19:54
IRB Re (IRBR3) é uma das “melhores apostas” do BTG Pactual para 2025 — e aqui estão os motivos por trás do otimismo

Diante de perspectivas nebulosas para a bolsa brasileira em 2025, especialmente em meio à escalada dos juros nos próximos meses, as ações do IRB Brasil Re (IRBR3) emergem como uma das “melhores apostas” do BTG Pactual para este ano.

Mesmo que as ações tenham subido cerca de 15% nos últimos 12 meses, o banco acredita que ainda há espaço para mais.

Um claro sinal disso é que a performance dos papéis IRBR3 ainda está aquém dos pares no setor de seguros no Brasil, como Caixa Seguridade (CXSE3), Porto (PSSA3) e BB Seguridade (BBSE3), que subiram mais de 20% no mesmo período. 

Os analistas do BTG mantiveram recomendação de compra para o IRB, com preço-alvo de R$ 56,50 para os papéis nos próximos 12 meses. A cifra prevê que os papéis da resseguradora podem subir quase 20% em relação ao último fechamento.

Não à toa, as ações operam no azul nesta quarta-feira (15) e figuram entre as maiores altas do Ibovespa, com ganhos de 6,22% por volta das 15h20, negociadas a R$ 50,05. 

Com o desempenho nesta sessão, os papéis acumulam valorização da ordem de 16% desde o início do ano. A empresa de resseguros hoje é avaliada em pouco mais de R$ 4 bilhões na B3.

O que está por trás do otimismo com o IRB (IRBR3)?

Na avaliação do BTG, o IRB (IRBR3) ainda é uma "tese de investimento em progresso", já que continua em um longo processo de reestruturação, mas o futuro parece promissor. 

A visão otimista dos analistas é sustentada pelas perspectivas de novos aumentos da Selic e pela recuperação contínua do desempenho da receita bruta do IRB. 

Financeiramente, o crescimento da lucratividade tem superado as expectativas, embora a receita bruta ainda permaneça aquém do ideal.

Um ponto positivo é a redução do portfólio legado, que deve deixar de impactar os resultados já no primeiro semestre de 2025, segundo especialistas. Essa mudança estrutural é vista como um marco importante para o desempenho da empresa.

Durante reunião com analistas, o CEO Marcos Falcão destacou que, embora o IRB deseje crescer mais, a companhia não pretende reduzir preços para isso. Para o BTG, essa estratégia, aliada a uma Selic elevada, reforça a projeção de que R$ 500 milhões de lucro líquido podem ser um piso realista para 2025.

Outro fator que alimenta a visão construtiva é o aumento da demanda por seguros e resseguros, impulsionado pela maior frequência de eventos climáticos extremos. 

Segundo o banco, episódios recentes, como os incêndios na Califórnia, indicam que o mercado de resseguros continuará “duro” por mais tempo, favorecendo a rentabilidade do setor.

“Não apenas esperamos que os números de subscrição continuem melhorando em 2025, mas também acreditamos que a Selic significativamente mais alta pode ser um fator-chave para o crescimento dos lucros este ano”, avaliou.

A expectativa é que, com a consolidação dos números operacionais e financeiros, o IRB possa iniciar o pagamento de dividendos entre meados de 2025 e 2026.

Valuation e riscos

Para os analistas, o IRB Re (IRBR3) possui um valuation atrativo, com um valor de mercado de “apenas” R$ 3,9 bilhões, mesmo sendo líder no segmento de resseguros no Brasil.

A empresa também dispõe de uma quantidade significativa de créditos tributários, cujo valor presente líquido (VPL) é estimado em R$ 800 milhões, equivalente a cerca de 20% do valor de mercado da companhia.

É por isso que, para os analistas, as ações IRBR3 poderiam ser negociadas perto do múltiplo de 5 vezes o preço/lucro (P/L) para 2025.

Não que não haja riscos no radar. Para os analistas, ainda há pouca visibilidade sobre a sustentabilidade da rentabilidade medida pelo ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), já que cerca de 50% do patrimônio deve vir de créditos tributários.

“Apesar disso, consideramos a ação atrativa neste nível de valuation. Mesmo que os lucros e o ROE ainda não possam ser considerados recorrentes, acreditamos que há espaço para mais crescimento nos próximos anos”, concluiu o BTG.

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