Plataforma Pix alvo de disputas políticas e notícias falsas no Brasil
Governo de Lula lança campanha para desmentir notícias falsas.
Mensagens falsas afirmando que as novas regras da Receita Federal criariam impostos para o Pix, uma forma popular de transferência instantânea no Brasil, inundaram as redes sociais após a introdução da tributação ampliada das transações digitais em vigor a partir de 1 de janeiro.
Desde então, as transferências de Pix com valor mínimo de R$ 5.000, 800 euros, por mês para pessoas físicas e R$ 15.000, 2400 euros, por mês para empresas passaram a ser fiscalizadas, sem a aplicação de novos impostos.
Na rede social X, o ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou que mobilizaria a bancada de seu partido no Parlamento para revogar a medida. Acrescentou que “Lula mandou a Agência encontrar uma forma de ficar com parte do dinheiro” gerido pelo Pix e que “empregadas domésticas, pedreiros e animadores de festas poderiam ser obrigados a entregar parte de sua renda ao imposto de renda”.
A disseminação de afirmações falsas, como as feitas pelo pastor evangélico R.R. Soares, dono de um programa de televisão, levou o governo a lançar uma campanha para desmentir as fake news. O ministro da Secom, Sidônio Palmeira, determinou que os órgãos responsáveis pela comunicação do governo emitissem comunicados para esclarecer as novas regras do órgão.
O ministro da Economia, Fernando Haddad, também negou que o uso do Pix tenha diminuído em janeiro por causa da circulação de fake news. “Não foi usado menos. Olhando a sazonalidade de janeiro em relação a dezembro, não houve problemas”, disse.
Para o Banco Central, as transações dos últimos dois meses estão dentro da variação sazonal do início do ano.