Microsoft fecha acordo de 25 anos para reflorestamento
A Microsoft anunciou a compra de 3,5 milhões de créditos de carbono da startup brasileira Re.green, especializada em reflorestamento e restauração ecológica em larga escala. O contrato de valor não revelado possui duração de 25 anos. Segundo o...
A Microsoft anunciou a compra de 3,5 milhões de créditos de carbono da startup brasileira Re.green, especializada em reflorestamento e restauração ecológica em larga escala.
O contrato de valor não revelado possui duração de 25 anos. Segundo o Financial Times, a Microsoft teria pago mais de US$ 50 por tonelada de CO₂,o que pode envolver cerca de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,18 bilhão).
Este é o segundo acordo fechado entre as empresas no período de um ano. A primeira parceria contemplou uma remoção de carbono que entregará 3 milhões de toneladas de créditos ao longo de 15 anos.
Os projetos somados totalizam 6,5 milhões de créditos, o que equivale a 33 mil hectares de florestas restauradas. O CO₂ será absorvido em áreas restauradas da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica.
Para alcançar esse volume, os hectares estarão distribuídos em áreas localizadas entre o oeste do Maranhão e o leste do Pará, no sul da Bahia e no Vale do Paraíba, onde a empresa expandirá suas ações.
Ao longo de 2024, a Microsoft assinou vários acordos de remoção de carbono para fortalecer suas credenciais verdes, e minimizar o impacto ambiental causado pelo alto consumo de energia, especialmente devido ao avanço da inteligência artificial
A empresa estabeleceu a meta de se tornar “carbono negativa” até 2030, não apenas adquirindo créditos de carbono, mas também investindo em fontes de energia renováveis.
A Re.green, fundada há três anos, tem apenas a Microsoft como cliente. A startup possui a meta de restaurar 1 milhão de hectares. Até o momento, restaurou 13,5 mil hectares e possui outros 13,5 mil hectares de florestas plantadas para extração comercial de madeira.
Recentemente, a companhia firmou uma parceria com a Agro Penido, empreendimento do grupo Roncador. As empresas atuarão no reflorestamento de uma das fazendas do grupo e dividirão a receita gerada pela venda de créditos de carbono.
O crédito de carbono é um certificado que representa uma tonelada de CO₂ equivalente que deixou de ser emitida ou foi retirada da atmosfera por meio de um projeto de carbono.
Quando uma empresa, governo ou organização emite uma quantidade de gases de efeito estufa (GEE), como o CO₂, pode compensá-la investindo em um projeto de carbono que reduz os impactos.
Esses projetos incluem reflorestamento, manejo florestal sustentável e reutilização de resíduos. Para cada tonelada de emissões de GEE evitada, gera-se 1 crédito de carbono.
Esses créditos ficam disponíveis para venda no mercado de carbono voluntário. Empresas ou pessoas físicas que desejam compensar suas emissões de GEE e não atingiram suas metas podem adquiri-los.