Intelbras levanta R$ 200 milhões com BNDES

A Intelbras, uma das maiores fabricantes de câmeras e equipamentos de segurança eletrônica e comunicação do país, acaba de levantar um financiamento de R$ 200 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O montante terá como finalidade apoiar a comercialização de equipamentos de telecomunicação produzidos pela empresa, no âmbito do programa BNDES Fust Comercialização, com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).

Segundo a instituição, a ideia do Fust é levar os recursos a diferentes prestadoras de serviço de telecomunicações de pequeno e médio portes, contribuindo para estimular a expansão, o uso e a melhoria de redes e serviços do setor, além de reduzir desigualdades regionais.

Rafael Boeing, diretor-superintendente financeiro da Intelbras, afirma que a nova parceria com o BNDES é um marco importante não apenas para a companhia, mas também para o fortalecimento da cadeia nacional de telecomunicações. 

“Com ela, teremos a oportunidade de apoiar o crescimento de micro, pequenos e médios provedores, ampliando a conectividade em regiões que mais necessitam. Essa iniciativa reforça nosso compromisso de investir em inovação e tecnologia como instrumento para promover o desenvolvimento social”, destaca Boeing.

No ano passado, a empresa já havia captado mais R$ 200 milhões com o BNDES para ampliar a competitividade da companhia e acelerar a adoção de tecnologias para geração de energia limpa nacionalmente. 

Sediada em São José, Santa Catarina, a Intelbras está há 48 anos no mercado de segurança, comunicação e energia. Com mais de 6 mil colaboradores, a marca está presente em 98% dos municípios do país. 

Além da matriz, a empresa tem outras sete unidades nos municípios de São José (SC), Florianópolis (SC), Santa Rita do Sapucaí (MG), Manaus (AM), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Tubarão (SC).

A fabricante reportou receita líquida de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre de 2024, alta de 33,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Criado em 2000 como fonte de recursos para universalizar os serviços de telecomunicações, o Fust é administrado pelo Conselho Gestor do Fust (CGFust), que aprova, acompanha e fiscaliza a execução dos planos de aplicação de recursos submetidos pelos seus agentes financeiros.

Além do BNDES Fust Comercialização, o banco também apoia, com recursos do fundo, investimentos em escolas públicas, unidades de saúde, favelas e áreas rurais, além do restabelecimento da capacidade de atuação de empresas prestadoras de serviços de telecomunicações em áreas afetadas por calamidades.

Desde outubro de 2023, o BNDES já aprovou R$ 1,72 bilhão (R$ 60 milhões não reembolsáveis) para projetos do Fust em 551 municípios de 25 estados.