Governo fará campanha sobre Pix após polêmica
O Governo Federal lança, nesta quinta-feira, uma campanha publicitária para tentar reverter a má imagem causada após o anúncio de fiscalização das transações acima de R$ 5 mil na modalidade, que foi interpretado como uma possível ...
O Governo Federal lança, nesta quinta-feira, uma campanha publicitária para tentar reverter a má imagem causada após o anúncio de fiscalização das transações acima de R$ 5 mil na modalidade, que foi interpretado como uma possível taxação.
A peça foi encomendada às pressas pelo Planalto, sob a liderança de Sidônio Palmeira, novo ministro da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), e terá um custo estimado em R$ 50 milhões.
Com o slogan “Pix Seguro, Sigiloso e Sem Taxa”, a campanha foi idealizada pela agência de publicidade Cália Y2 Propaganda e Marketing, que venceu a disputa contra outras três concorrentes. A ação será veiculada na TV, no rádio e nas redes sociais.
Frases como “Tentaram te Enganar”, “Estão Mentindo para Você” e “O Pix é um Patrimônio Nacional” farão parte da campanha. Alguns famosos alinhados ao governo foram citados como possíveis estrelas das peças, como Regina Casé e Gil do Vigor, segundo o site Valor Econômico.
O governo considera urgente a veiculação da campanha, já que, segundo integrantes, o assunto ainda está em evidência e precisa ser esclarecido diante das fake news que derrubaram a regra de fiscalização.
Logo após o anúncio de que operações de Pix e cartão de crédito com montante mensal superior a R$ 5 mil, no caso de pessoas físicas, e acima de R$ 15 mil, no caso de pessoas jurídicas, seriam monitoradas, uma enxurrada de distorções viralizaram nas redes sociais.
O principal protagonista da polêmica foi o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que divulgou, em suas redes, um vídeo questionando se o governo realmente planejava taxar o Pix. Rapidamente, o vídeo foi compartilhado nas redes sociais, alcançando, até o momento, mais de 324 milhões de visualizações no Instagram.
Diante da repercussão, o governo recuou dois dias depois e editou uma medida provisória (MP) para reforçar as regras existentes sobre o Pix, com o impedimento de cobranças adicionais ou impostos.
O episódio foi visto como uma derrota para o governo, especialmente para sua equipe econômica, liderada por Fernando Haddad, ministro da Fazenda.