Governo dos EUA demite advogados do Departamento de Justiça que moveram processos criminais contra Trump
Os advogados trabalhavam com o promotor especial Jack Smith, que liderou duas acusações federais contra Trump. Movimentos indicam retaliação contra autoridades. Trump ameaça fechar agência federal de combate a desastres naturais O Governo dos Estados Unidos demitiu nesta segunda-feira (27) mais de 10 advogados do Departamento de Justiça que moveram dois processos criminais contra Donald Trump. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Os funcionários foram demitidos depois que o procurador-geral interino James McHenry concluiu que eles "não podiam ser confiáveis para implementar fielmente a agenda do presidente devido ao papel significativo que desempenharam ao processá-lo". Os advogados trabalhavam com o promotor especial Jack Smith, que liderou duas acusações federais contra Trump. Ambas foram abandonadas pelo departamento após a vitória do republicano nas eleições de novembro. Smith renunciou ao cargo no início deste mês. O promotor apresentou casos acusando Trump de reter ilegalmente documentos sigilosos após deixar o governo e de tentar interferir na certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de 2020. Trump se declarou inocente de todas as acusações e argumentou que os casos refletiam uma "instrumentalização" do sistema jurídico. Muitos dos que trabalharam nos casos de Smith eram promotores experientes de corrupção pública e segurança nacional. Eles permaneceram no Departamento de Justiça quando o promotor encerrou sua investigação no início deste mês. A notícia das demissões veio no mesmo dia em que Ed Martin, o principal promotor federal em Washington e indicado por Trump, abriu uma revisão interna sobre o uso da acusação de obstrução de crime. Essa revisão está relacionada a processos contra pessoas acusadas de participar do ataque ao Capitólio dos EUA, em janeiro de 2021, segundo uma fonte. A Suprema Corte dos EUA elevou o padrão legal para esse delito no ano passado, levando os promotores a retirarem a acusação em vários casos. LEIA TAMBÉM EUA estabelecem meta diária de prisões de imigrantes após Trump se decepcionar com os primeiros resultados, diz jornal Mais de 7 mil brasileiros foram deportados dos EUA desde 2020, segundo a PF Cidade argentina instalará cerca na fronteira com Bolívia contra imigração e contrabando Movimentos de Trump O presidente dos EUA, Donald Trump, durante conversa com imprensa a bordo do Air Force 1, em 25 de janeiro de 2025. Mark Schiefelbein/ AP As medidas refletem a disposição de Trump de cumprir ameaças de buscar retaliação contra promotores que o processaram durante seus quatro anos fora do cargo. Trump e seus aliados veem o Departamento de Justiça com profunda desconfiança depois que os promotores acusaram o presidente de crimes relacionados à segurança nacional e às eleições. As ações de segunda-feira ocorreram após a administração Trump ter transferido até 20 altos funcionários de carreira do Departamento de Justiça. As movimentações incluem a transferência de Bradley Weinsheimer, o principal responsável pela ética, e Corey Amundson, o ex-chefe da seção de corrupção pública. Amundson, cuja seção forneceu conselhos aos promotores de Smith, anunciou sua renúncia na segunda-feira. VÍDEOS: mais assistidos do g1
Os advogados trabalhavam com o promotor especial Jack Smith, que liderou duas acusações federais contra Trump. Movimentos indicam retaliação contra autoridades. Trump ameaça fechar agência federal de combate a desastres naturais O Governo dos Estados Unidos demitiu nesta segunda-feira (27) mais de 10 advogados do Departamento de Justiça que moveram dois processos criminais contra Donald Trump. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Os funcionários foram demitidos depois que o procurador-geral interino James McHenry concluiu que eles "não podiam ser confiáveis para implementar fielmente a agenda do presidente devido ao papel significativo que desempenharam ao processá-lo". Os advogados trabalhavam com o promotor especial Jack Smith, que liderou duas acusações federais contra Trump. Ambas foram abandonadas pelo departamento após a vitória do republicano nas eleições de novembro. Smith renunciou ao cargo no início deste mês. O promotor apresentou casos acusando Trump de reter ilegalmente documentos sigilosos após deixar o governo e de tentar interferir na certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de 2020. Trump se declarou inocente de todas as acusações e argumentou que os casos refletiam uma "instrumentalização" do sistema jurídico. Muitos dos que trabalharam nos casos de Smith eram promotores experientes de corrupção pública e segurança nacional. Eles permaneceram no Departamento de Justiça quando o promotor encerrou sua investigação no início deste mês. A notícia das demissões veio no mesmo dia em que Ed Martin, o principal promotor federal em Washington e indicado por Trump, abriu uma revisão interna sobre o uso da acusação de obstrução de crime. Essa revisão está relacionada a processos contra pessoas acusadas de participar do ataque ao Capitólio dos EUA, em janeiro de 2021, segundo uma fonte. A Suprema Corte dos EUA elevou o padrão legal para esse delito no ano passado, levando os promotores a retirarem a acusação em vários casos. LEIA TAMBÉM EUA estabelecem meta diária de prisões de imigrantes após Trump se decepcionar com os primeiros resultados, diz jornal Mais de 7 mil brasileiros foram deportados dos EUA desde 2020, segundo a PF Cidade argentina instalará cerca na fronteira com Bolívia contra imigração e contrabando Movimentos de Trump O presidente dos EUA, Donald Trump, durante conversa com imprensa a bordo do Air Force 1, em 25 de janeiro de 2025. Mark Schiefelbein/ AP As medidas refletem a disposição de Trump de cumprir ameaças de buscar retaliação contra promotores que o processaram durante seus quatro anos fora do cargo. Trump e seus aliados veem o Departamento de Justiça com profunda desconfiança depois que os promotores acusaram o presidente de crimes relacionados à segurança nacional e às eleições. As ações de segunda-feira ocorreram após a administração Trump ter transferido até 20 altos funcionários de carreira do Departamento de Justiça. As movimentações incluem a transferência de Bradley Weinsheimer, o principal responsável pela ética, e Corey Amundson, o ex-chefe da seção de corrupção pública. Amundson, cuja seção forneceu conselhos aos promotores de Smith, anunciou sua renúncia na segunda-feira. VÍDEOS: mais assistidos do g1