Análise Gil Vicente 3-1 FC Porto: Ganda galo!
A terceira derrota seguida, segunda no campeonato, deixou o FC Porto no terceiro lugar da I Liga, a quatro pontos do líder Sporting e a um do Benfica. Diante do Gil Vicente (1-3), os azuis e brancos voltaram a rubricar uma exibição péssima, num jogo onde tiveram duas expulsões com vermelho direto.A falta de ideias a nível ofensivo traduziu-se em apenas três remates à baliza, num jogo onde o FC Porto só ganhou quatro dos 28 cruzamentos que fez.Perante tanta contestação, a SAD liderada por André Villas-Boas não teve outro remédio senão o despedimento do técnico, anunciado nas primeiras horas desta segunda-feira.Para o duelo com o Santa Clara, não haverá Samu nem Nico González, ambos expulsos com vermelho direto.FOTOS: O melhor do Gil Vicente-FC Porto em imagensO Jogo: um prolongamento do que se passou na ChoupanaDizem os entendidos que o campeão da Primeira Liga decide-se nos jogos entre os grandes. Há outros que defendem que é contra os 'pequenos' que se ganham campeonatos. Se calhar, a verdade está no meio, como já se viu tantas e tantas vezes.Mas uma coisa é certa: nenhuma equipa do Mundo poderá aspirar a ser campeão numa prova de pontos corridos, com igual número de jogos fora e em casa, se não vencer os seus jogos longe do seu estádio.E esse é o caso do FC Porto, versão 2024/25. Longe do seu estádio, os comandados de Vítor Bruno transformam-se numa equipa pequena, amorfa, incapaz de lutar, seja com quem for, como mostram os resultados.Nos 14 jogos realizados fora de portas esta época, o FC Porto apresenta apenas cinco triunfos e dois empates, ou seja, perdeu metade dos jogos. Números deveras preocupantes para uma equipa que dominava o futebol português há pouco tempo e que tem ambição de conquistar mais títulos esta época.Se atendermos apenas à Primeira Liga, são quatro triunfos em nove partidas, um empate e quatro derrotas.Até há bem pouco tempo (16.ª jornada), Vítor Bruno justificava os números com facto de o FC Porto ter defrontado os rivais Benfica e Sporting fora de portas (1-4 na Luz e 0-2 em Alvalade), mas 'puxava a brasa à sua sardinha', recordando que a equipa tinha vencido fora a emblemas da parte de cima da tabela, como Santa Clara, Vitória Sport Clube ou Moreirense.Mas as derrotas com Nacional na última ronda e esta diante do Gil Vicente no arranque da segunda volta da I Liga vieram deitar por terra a defesa do técnico do FC Porto. Pior do que perder é a forma como se perde. E isso os adeptos do FC Porto não perdoam.A vergonhosa exibição no primeiro tempo diante do Nacional há uma semana chegou depois da derrota com o Sporting na meia-final da Taça da Liga, num jogo onde o FC Porto 'desapareceu' no segundo tempo.Se coletivamente, estamos perante uma equipa sem ADN Porto (luta, garra, intensidade, vontade), individualmente Vítor Bruno parece não estar a conseguir potenciar os jogadores. A forma como justifica a ausência de Pepê no jogo diante dos gilistas, seguido de resposta do brasileiro, deixa no ar a ideia de que o técnico terá perdido o balneário.Além de Pepê, num momento de forma miserável, jogadores como Galeno, Fábio Vieira e Otávio têm jogado muito abaixo do que esperava. Nehuén Pérez também tem cometido imensos erros que têm custado caro à equipa.Falta criatividade ofensiva, muito por culpa do treinador que continua a colocar Fábio Vieira a extremo, que continua a não conseguir ajudar a equipa desde o banco em todos os jogos, lançando muita gente na frente quando se apanha a perder, desvirtuando a equipa, deixando-a sem ideias.E isso se viu mais uma vez, com cruzamentos atrás de cruzamentos para a área (28), sendo que apenas foram ganhos pelos jogadores azuis e brancos.O momento foi aproveitado pelo Gil Vicente para vencer por 3-1, numa exibição sólida, solidária, num jogo onde os de Bruno Pinheiro tiveram os momentos do jogo a seu favor. Pablo marcou no primeiro remate à baliza dos gilistas após bela jogada, aos 11 minutos. O 2-1 de Josué nasce logo a seguir ao empate do FC Porto e depois o 3-1 aparece num lance onde é anulado o 2-2 ao FC Porto porque na área portista tinha havido um penálti, descoberto pelo VAR.A terceira derrota consecutiva, segunda seguida na I Liga, deixou os adeptos portistas furiosos. Das bancadas gritaram pedidos de demissão para Vítor Bruno, mostraram lenços brancos, tal como já fizeram em vários jogos esta época.Poucas hora depois do final do jogo em Barcelos e após reunião entre técnico, estrutura diretiva e jogadores, o FC Porto anunciou o início de "negociações com o treinador Vítor Bruno para a cessação, com efeitos imediatos, do contrato de trabalho desportivo que vigorava desde o início da presente época".Momento-chave: Um 2-2 transformado em 3-1Aos 86 minutos, Denis Gul desceu na direita, meteu à entrada da área para um remate certeiro de Gonçalo Borges a fazer o 2-2. Depois de os portistas terem festejado o que seria o empate, o VAR Gustavo Correia chamou o árbitro Fábio Veríssimo para um possível penálti na área portista, no seguimento da jogada. O
A terceira derrota seguida, segunda no campeonato, deixou o FC Porto no terceiro lugar da I Liga, a quatro pontos do líder Sporting e a um do Benfica. Diante do Gil Vicente (1-3), os azuis e brancos voltaram a rubricar uma exibição péssima, num jogo onde tiveram duas expulsões com vermelho direto.
A falta de ideias a nível ofensivo traduziu-se em apenas três remates à baliza, num jogo onde o FC Porto só ganhou quatro dos 28 cruzamentos que fez.
Perante tanta contestação, a SAD liderada por André Villas-Boas não teve outro remédio senão o despedimento do técnico, anunciado nas primeiras horas desta segunda-feira.
Para o duelo com o Santa Clara, não haverá Samu nem Nico González, ambos expulsos com vermelho direto.
FOTOS: O melhor do Gil Vicente-FC Porto em imagens
O Jogo: um prolongamento do que se passou na Choupana
Dizem os entendidos que o campeão da Primeira Liga decide-se nos jogos entre os grandes. Há outros que defendem que é contra os 'pequenos' que se ganham campeonatos. Se calhar, a verdade está no meio, como já se viu tantas e tantas vezes.
Mas uma coisa é certa: nenhuma equipa do Mundo poderá aspirar a ser campeão numa prova de pontos corridos, com igual número de jogos fora e em casa, se não vencer os seus jogos longe do seu estádio.
E esse é o caso do FC Porto, versão 2024/25. Longe do seu estádio, os comandados de Vítor Bruno transformam-se numa equipa pequena, amorfa, incapaz de lutar, seja com quem for, como mostram os resultados.
Nos 14 jogos realizados fora de portas esta época, o FC Porto apresenta apenas cinco triunfos e dois empates, ou seja, perdeu metade dos jogos. Números deveras preocupantes para uma equipa que dominava o futebol português há pouco tempo e que tem ambição de conquistar mais títulos esta época.
Se atendermos apenas à Primeira Liga, são quatro triunfos em nove partidas, um empate e quatro derrotas.
Até há bem pouco tempo (16.ª jornada), Vítor Bruno justificava os números com facto de o FC Porto ter defrontado os rivais Benfica e Sporting fora de portas (1-4 na Luz e 0-2 em Alvalade), mas 'puxava a brasa à sua sardinha', recordando que a equipa tinha vencido fora a emblemas da parte de cima da tabela, como Santa Clara, Vitória Sport Clube ou Moreirense.
Mas as derrotas com Nacional na última ronda e esta diante do Gil Vicente no arranque da segunda volta da I Liga vieram deitar por terra a defesa do técnico do FC Porto. Pior do que perder é a forma como se perde. E isso os adeptos do FC Porto não perdoam.
A vergonhosa exibição no primeiro tempo diante do Nacional há uma semana chegou depois da derrota com o Sporting na meia-final da Taça da Liga, num jogo onde o FC Porto 'desapareceu' no segundo tempo.
Se coletivamente, estamos perante uma equipa sem ADN Porto (luta, garra, intensidade, vontade), individualmente Vítor Bruno parece não estar a conseguir potenciar os jogadores. A forma como justifica a ausência de Pepê no jogo diante dos gilistas, seguido de resposta do brasileiro, deixa no ar a ideia de que o técnico terá perdido o balneário.
Além de Pepê, num momento de forma miserável, jogadores como Galeno, Fábio Vieira e Otávio têm jogado muito abaixo do que esperava. Nehuén Pérez também tem cometido imensos erros que têm custado caro à equipa.
Falta criatividade ofensiva, muito por culpa do treinador que continua a colocar Fábio Vieira a extremo, que continua a não conseguir ajudar a equipa desde o banco em todos os jogos, lançando muita gente na frente quando se apanha a perder, desvirtuando a equipa, deixando-a sem ideias.
E isso se viu mais uma vez, com cruzamentos atrás de cruzamentos para a área (28), sendo que apenas foram ganhos pelos jogadores azuis e brancos.
O momento foi aproveitado pelo Gil Vicente para vencer por 3-1, numa exibição sólida, solidária, num jogo onde os de Bruno Pinheiro tiveram os momentos do jogo a seu favor. Pablo marcou no primeiro remate à baliza dos gilistas após bela jogada, aos 11 minutos. O 2-1 de Josué nasce logo a seguir ao empate do FC Porto e depois o 3-1 aparece num lance onde é anulado o 2-2 ao FC Porto porque na área portista tinha havido um penálti, descoberto pelo VAR.
A terceira derrota consecutiva, segunda seguida na I Liga, deixou os adeptos portistas furiosos. Das bancadas gritaram pedidos de demissão para Vítor Bruno, mostraram lenços brancos, tal como já fizeram em vários jogos esta época.
Poucas hora depois do final do jogo em Barcelos e após reunião entre técnico, estrutura diretiva e jogadores, o FC Porto anunciou o início de "negociações com o treinador Vítor Bruno para a cessação, com efeitos imediatos, do contrato de trabalho desportivo que vigorava desde o início da presente época".
Momento-chave: Um 2-2 transformado em 3-1
Aos 86 minutos, Denis Gul desceu na direita, meteu à entrada da área para um remate certeiro de Gonçalo Borges a fazer o 2-2. Depois de os portistas terem festejado o que seria o empate, o VAR Gustavo Correia chamou o árbitro Fábio Veríssimo para um possível penálti na área portista, no seguimento da jogada. O juiz do encontro anulou o golo, assinalou penálti para o Gil Vicente por falta de Otávio sobre Santi. Félix Correia fez o 3-1 final. Volte-face incrível, tal como aconteceu no empate diante do Famalicão: golo portista anulado porque há penálti contra o FC Porto.
Os Melhores: Félix Correia nos desequilíbrios, Josué a mandar na área
Pelos pés de Félix Correia passaram os principais lances de perigo dos gilistas. A forma como combina com Kanya Fujimoto é incrível. Josué esteve imperial na defesa e ainda foi lá à frente fazer o 2-1, crucial a nível mental, já que o FC Porto tinha acabado de empatar a partida.
Gonçalo Borges entrou no segundo tempo e parecia ser o único com vontade de rumar contra a maré. Marcou no primeiro toque que deu na bola, fez o 2-2 que foi anulado porque havia penálti antes. O extremo entrou com vontade e, no final, mandou recados para dentro: é preciso homens no balneário para tirar a equipa do poço em que se encontra.
Em noite 'não': Otávio voltou a meter água
Mais uma noite para esquecer de Otávio, de tantas que já protagonizou no FC Porto. O central brasileiro precisa novamente de banco porque os seus erros estão a penalizar muito a equipa. Foi facilmente batido por Pablo no 1.º golo do Gil Vicente, perdeu muitos duelos e ainda fez o penálti, sem necessidade, que acabou no 3-1 dos gilistas. Não tem desculpas.